RO: Apolônio da Silva morreu no sofá de casa, em Guajará-Mirim
O ex-delegado de Polícia Civil que em 2012 havia encomendado o próprio caixão e um jazigo de R$ 8 mil, morreu na madrugada deste sábado (15) aos 89 anos, em Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia. De acordo com familiares, Apolônio da Silva, mais conhecido como Vaca Braba, teve morte natural no sofá de casa. O idoso ficou conhecido após dizer que desejava viver até os 100 anos e queria “conforto” após sua morte.
Conforme os familiares de Apolônio, o aposentado que também já foi soldado da borracha estava no sofá de casa, quando acabou morrendo de causas naturais. Uma guarnição da Polícia Militar (PM) que passava pela rua viu que o carro do ex-delegado estava do lado de fora da casa e as portas da casa estavam abertas e, ao ir verificar, os policiais acharam o idoso morto.
O corpo de Apolônio está sendo velado na Câmara Municipal no caixão que ele mandou fabricar, em uma funerária de Guajará, no ano de 2012. A previsão é que o enterro aconteça no fim do dia, também no jazigo de R$ 8 mil que ele mandou construir há quatro anos no Cemitério Municipal.
De acordo com familiares, o aposentado tinha 89 anos e completaria 90 no dia 26 de outubro. Por ter sido soldado da borracha, ele era considerado padroeiro dos seringueiros.
‘Vaca Braba’, como é conhecido, quer ser o ‘padroeiro dos seringueiros’ (Foto: Leile Ribeiro/G1)
Relembre o caso
O nordestino que morava há mais de 60 anos em Rondônia mandou produzir o caixão e o jazigo, pois alegava que quando morresse queria o melhor. Na época ele experimentou a futura moradia e afirmou: “Muito confortável, nota dez. Quando eu estiver assim, eu quero estar no céu”, diz.
Desde 2012, pelo menos uma vez na semana o idoso visitava o jazigo no cemitério local, que já tinha a foto dele. A única coisa que faltava ser preenchida no local era a data de morte (assista a história ao lado).
Segundo Apolônio na época, a decisão de fazer todas as preparações para a sua ‘partida’ é evitar dar trabalho aos filhos. “Desse jeito eles não precisam gastar dinheiro e eu vou fazendo as coisas do meu jeito enquanto estiver vivo, porque depois de morto não vou poder fazer mais nada e daí vão fazer do jeito deles ou me jogar no mato e eu não quero”, explica.
G1
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