A Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF) informou que os policiais rodoviários federais farão quatro ações nesta semana em protesto pela falta de avanço nas negociações com o governo federal.
Para o período de 13 a 17 de agosto, a PRF irá multar apenas casos gravíssimos, que independam da ação fiscalizadora dos agentes, atender apenas acidentes com feridos ou mortos e fiscalizar as próprias viaturas – recusando-se a sair com os carros caso haja alguma irregularidade constatada. Os policiais com função gratificada deverão entregar seus cargos.
Assembleias estão previstas para hoje em todos os Estados para a deliberação de greve. Se aprovada, durante os 77 anos de existência, será a primeira greve geral da categoria. Segundo a Fenaprf, o governo se mostra irredutível e resistente às reivindicações.
Os principais pontos apontados pela FenaPRF como prioritários na negociação são a correção das distorções salarias e o reconhecimento do nível superior para o cargo de policial rodoviário federal.
O movimento grevista
Iniciados em julho, os protestos e as paralisações de servidores de órgãos públicos federais aumentaram no mês de agosto. Pelo menos 25 categorias estão em greve, tendo o aumento salarial como uma das principais reinvindicações. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), o movimento atinge 28 órgãos, com 370 mil servidores sem trabalhar. O número, no entanto, é contestado pelo governo.
Estão em greve servidores da Polícia Federal, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do Arquivo Nacional, da Receita Federal, dos ministérios da Saúde, do Planejamento, do Meio Ambiente e da Justiça, entre outros. O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que dez agências reguladoras aderiram ao movimento.
O Ministério do Planejamento declarou que está analisando qual o “espaço orçamentário” para negociar com as categorias. O governo tem até o dia 31 de agosto para enviar o projeto de lei orçamentária ao Congresso Nacional. O texto deve conter a previsão de gastos para 2013.
No dia 25 de julho, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto para permitir a continuidade dos serviços em áreas consideradas delicadas. O texto prevê que ministros que comandam setores em greve possam diminuir a burocracia para dar agilidade a alguns processos, além de fechar parcerias com Estados e municípios para substituir os funcionários parados.
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