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‘Em defesa do Pastor’, por Rogério Antonio Lopes

por Editoria Delegados
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O Pastor Marco Antonio Feliciano, eleito para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, tem sofrido nos últimos dias um verdadeiro escárnio por parte de ativistas das chamadas minorias, notadamente raciais e gays.

 

Delegado Rogério Antônio

 

Argumentam que Marco não pode presidir a Comissão porque é homofóbico e racista, mesmo após a eleição que ocorreu dentro da “total legalidade”, os militantes simplesmente não aceitam o resultado, impedem as reuniões, fazem passeatas e num ímpeto virulento e anárquico dizem que vão tirar o pastor de lá a qualquer custo.

 

Nesse roldão de “politicagem correta” (como é comum acontecer) todos querem atirar a sua pedrinha, da Xuxa a pastores obscurecidos.

 

Como ocorre com qualquer indivíduo em determinados momentos da vida, Marco já falou impropriedades e deu declarações infelizes, no seu caso como pessoa pública, tudo isso é potencializado, porém, não pode ser julgado como homofóbico porque nunca bateu ou mandou matar gay, quanto ao racismo (ele é de origem negra) só se fosse contra branco.

 

Fato que chama a atenção nessa celeuma, é a absoluta intolerância das chamadas “minorias”, algumas imagens veiculadas pelas TVs mostram pessoas totalmente fora do controle partindo para cima de outras, tentando agredir, e resvalando nas raias da vociferação.

 

Tudo isso passa a impressão de que a orientação sexual de Marco está sendo fundamental para as manifestações, se ele viesse a público hoje e dissesse que “saiu do armário” assumindo que era gay, ao que tudo indica, os protestos cessariam de imediato e ele seria ovacionado pelas mesmas “minorias” que hoje o apedrejam.

 

Não se trata apenas de “dar um voto de confiança a Marco” (como ele, aliás, humildemente pediu), mas de cumprir a lei dentro do Estado Democrático de Direito sob a égide do qual todos vivemos.

 

As “minorias”, sempre que necessário, o invoca (com total razão) para assegurar seus direitos, mas parecem se esquecer de que também tem deveres, o principal deles é respeitar e cumprir a lei.

 

Desde os tempos da última ditadura no Brasil, “algumas minorias” demonstram uma intolerância digna de Putin, isso é totalmente incompatível com o modelo de Estado atual.

 

Alguns políticos pegam carona e criticam as negociações entre os partidos aliados que possibilitaram a eleição de Marco, ora, essas são as regras do jogo, todos se utilizam delas, hipocrisia tem limite.

 

Outro ponto crucial nesse contexto é o equívoco acerca dos Direitos Humanos, eles não existem para “defender” as minorias, mas para dar dignidade e assegurar a (constante) humanização da espécie, chega a ser um patético (total desconhecimento do objeto) declarar a parcialidade ou o direcionamento desses direitos.

 

A banalização dos Direitos Humanos chegou a um nível tal, que os mais desavisados acreditam que isso é “coisa de bandido”, muito pelo contrário: para quem acredita em Deus é coisa de Deus e para quem não acredita, é coisa de (…) “uma força superior” (nessa todos acreditam, mesmo os agnósticos).

Sobre o autor

Rogério Antonio Lopes é Delegado de Polícia no Paraná e Chefe da 6ª Subdivisão Policial de Foz do Iguaçu

 

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