Início » Delegado precisou negociar para que presas aceitassem babá acusada de torturar crianças

Delegado precisou negociar para que presas aceitassem babá acusada de torturar crianças

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

SÃO PAULO
Delegado negocia para presas aceitarem babá criminosa

SÃO PAULO

{loadposition adsensenoticia}A polícia precisou negociar com 39 presas para que aceitassem a babá Neusa Berenguel Lossavaro, 57, na Cadeia Feminina de Ilha Solteira (660 km de São Paulo), onde está presa desde a última sexta-feira (10) sob acusação de torturar uma bebê de sete meses e o irmão dela, de dois anos, em Andradina.

A maioria das presas cumpre pena por tráfico de drogas. Durante o dia, elas fazem tricô, crochê e trabalham para uma empresa de decoração, preparando vasos. Elas têm direito a três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar. À noite, assistem TV, e assim ficaram sabendo dos supostos maus-tratos da babá contra as duas crianças. As cenas revoltaram as presas, por isso a recusa inicial de aceitá-la.

Depois de negociação com o diretor da cadeia, delegado Miguel Ângelo Nicas, as presidiárias aceitaram a nova companheira de presídio. Uma presa mais jovem cedeu seu lugar numa cama beliche para a babá e está dormindo num colchonete. Segundo funcionários da cadeia, foi um sinal de respeito à idade de Neusa.

Dentro de 15 dias, todas as presas poderão ser transferidas para a Cadeia Feminina de Lavínia, a 70 km de Ilha Solteira. As presas estão há cinco meses provisoriamente instaladas em Ilha Solteira, em uma cadeia que possui apenas quatro celas, porque a cadeia de Lavínia está em reformas.

Na segunda-feira (13), o advogado da babá entra com pedido de relaxamento da prisão no Tribunal de Justiça de São Paulo. Neusa nega o crime e diz que fazia “carinhos” nas crianças. As imagens das supostas agressões estão em vídeo entregue à polícia pelos pais.

uol

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social
Portal Nacional dos Delegados

você pode gostar