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Delegado geral diz que seccional irá rever inquérito de moto aquática

por Editoria Delegados

 

 

 

 

O delegado geral da Polícia Civil do estado de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, informou na manhã desta terça-feira (6), por meio da Secretaria de Segurança Pública (SSP), que o inquérito que apurou a morte de Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, será analisado em instância superior, pela Delegacia Seccional de Santos. A menina foi atropelada por uma moto aquática em Bertioga, no litoral de São Paulo, em 18 de fevereiro.

 

Nesta segunda-feira (5), a Delegacia de Bertioga chegou a informar que havia concluído o inquérito e que ninguém seria indiciado. Segundo o documento, o jovem de 13 anos que teria pilotado o veículo é o responsável pelo acidente. Nesta terça, entretanto, a SSP afirmou que o inquérito não foi finalizado.

 

“O delegado geral, Marcos Carneiro Lima, informa que o caso não foi concluído. Antes da conclusão do inquérito, devido à sua complexidade e repercussão, ele será analisado pela instância superior, a Seccional de Santos. A medida não significa retirar autonomia do delegado de Bertioga, pois em âmbito administrativo todos os casos podem ser avocados à instância superior se ele assim entender”, diz nota divulgada pela secretaria.

A moto aquática que ficou retida na delegacia de Bertioga foi levada para o Instituto de Criminalística e vai passar por uma perícia nos próximos dias. O processo será feito na Baixada Santista. Outro adolescente que também estaria na moto aquática vai ser ouvido em Mogi das Cruzesx, no interior de São Paulo, onde mora, a pedido dos pais.

 

O acidente aconteceu no sábado de carnaval, na Praia de Guaratuba, em Bertioga. Segundo testemunhas, o adolescente pilotava a moto aquática em alta velocidade quando atingiu a menina. Ela brincava na areia perto da mãe e foi socorrida pelo helicóptero da Polícia Militar, mas já chegou sem vida ao Hospital Municipal de Bertioga.

 

Nove testemunhas prestaram depoimento, além da família da Grazielly, a mãe do adolescente e os padrinhos dele, donos da casa de veraneio e da moto aquática.

 

Na semana passada, o caseiro foi ouvido novamente pela polícia. Ele reafirmou que o menor usou a moto aquática sem autorização. Um dos advogados da família de Grazielly, William Amanajás Lobato, esteve na delegacia de Bertioga e contesta a versão. “Para nós não parece ser crível, porque há provas suficientes indicando que o próprio adolescente – que já confirmou isso – que foi autorizado a levar a embarcação para o mar por um maior”, disse.

G1

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