PARAÍBA
Delegado afasta agentes por morte de detento
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{loadposition adsensenoticia}A Polícia Civil de Campina Grande assumiu as investigações sobre a morte de um homem que estava detido na Central de Polícia. Três agentes envolvidos no caso foram afastados de suas atividades até que o inquérito seja concluído. A versão deles foi divulgada na manhã desta segunda-feira (15) pelo delegado Cristiano Rodrigo de Souza, titular da 6ª Delegacia Distrital, que investiga o ocorrido.
Conforme o delegado, ele deve concluir o inquérito dentro de 30 dias, com base em perícias e depoimentos. Severino Genoíno da Silva, de 26 anos, foi atingido por um tiro no domingo (14) à noite, dentro da cela, após iniciar uma luta corporal com um carcereiro.
De acordo com o delegado, o funcionário entrou no corredor das celas por volta das 19h50 para entregar a Severino o jantar que a mãe dele havia deixado. Ele abriu a grade da cela para entregar o prato e o detento aproveitou para empurrar a porta, conseguindo sair. Ele teria utilizado um estilete artesanal, feito provavelmente com uma colher.
Ainda com base no depoimento dos agentes, o preso conseguiu desarmar o carcereiro e apontou a arma contra o funcionário. Os agentes que estavam no prédio escutaram a confusão e arrombaram a porta da carceragem. De acordo com o delegado, o preso disparou um tiro, o que os motivou a atirar contra Severino em legítima defesa.
Ferido, Severino foi levado para o Hospital de Trauma de Campina Grande, mas já chegou morto. Um dos agentes também sofreu ferimentos no dedo e no pescoço, devido a estilhaços da bala.
O delegado Cristiano Souza explicou que Severino era considerado um criminoso de alta periculosidade, por isso era mantido sozinho numa cela.
Ele estava preso desde terça-feira (9). Severino (foto ao lado) era condenado por roubo e tinha cerca de nove anos de prisão para cumprir. Atualmente, ele estava em liberdade condicional, mas tinha quebrado o albergue. Ele foi detido novamente por porte ilegal de arma, depois de assaltar e tentar matar um empresário em Campina Grande.
A polícia também investiga se o preso recebia ameaças de morte. “Nós tivemos a informação de que ele estava sendo ameaçado de morte no Serrotão e que tinha vários inimigos, por isso, estaria fazendo de tudo para fugir. Um fato lamentável, mas que será apurado com transparência”, informou o delegado regional Wagner Dorta.
A primeira versão sobre a morte foi informada à imprensa pela Central de Operações da Polícia Militar (Copom) na manhã desta segunda-feira (15). Nela, a PM informava que o carcereiro teria sido o responsável pelo tiro ao tentar se defender do preso.
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