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Delegacia lança campanha para encorajar mulheres a denunciar agressores

por Editoria Delegados

Ação visa comemorar os 10 anos de criação da Divisão de Atendimento à Mulher

“Não deixe para denunciar amanhã quem te agride hoje”. A frase, inspirada em um ditado popular, tem a missão de, a partir desta semana, quebrar o silêncio e encorajar mulheres vítimas de violência doméstica a denunciar seus agressores. Ela é o tema de uma campanha que será lançada, nesta sexta-feira, pela Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM), para marcar os seus 10 anos de atuação em defesa das mulheres no Estado do Rio. A DPAM foi criada no dia 6 de agosto de 2004.

 

A campanha – que tem início na semana em que também se comemora os oito anos de criação Lei Maria da Penha – irá mobilizar todas as Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAMs) e os Núcleos de Atendimento à Mulher (NUAMs), instalados em delegacias distritais.

Foram impressos mil cartazes, 10 mil filipetas e banners que serão distribuídos e afixados nas paredes das delegacias de todo o Estado, hospitais estaduais e municipais, além de ONGs que fazem parte dessa rede protetiva. No material de divulgação há o endereço e telefone para as mulheres contactarem a policia para denunciar seus agressores.

 

Segundo a diretora da DPAM, delegada Márcia Noeli, a importância de campanhas como essa é encorajar as mulheres vítimas de agressões em seus lares a irem às delegacias denunciar quem as maltrata. “Muitas mulheres são dependentes econômica e emocionalmente de seus companheiros. As mulheres amam demais e, por isso, se submetem a qualquer tipo de violência, queremos encorajá-las a quebrar esse silêncio”, ressalta a delegada.

 

As ações e campanhas de conscientização da DPAM em conjunto com as DEAMs nos últimos anos, demonstram que o trabalho está rendendo resultados. De acordo com Márcia Noeli, as 13 DEAMs registram cerca de 50 mil ocorrências por ano. “Isso é um indicador que as mulheres vítimas de violência doméstica têm acreditado no trabalho da polícia e estão indo registrar as agressões nas delegacias. Mas é um trabalho contínuo”, frisa.

 

A delegada apontou que, nas ocorrências feitas pelas NUAMs instaladas na 11ª DP (Rocinha) e 45ª DP (Alemão), uma estatística incomum. Revela que a confiança das mulheres dessas comunidades na ação da polícia contra seus agressores é refletida no percentual de registros de ocorrências.“A pacificação ajudou no aumento da confiança delas no nosso trabalho. Sessenta por cento das ocorrências dessas unidades são de agressões contra mulheres”, afirma.

 

O Dia

 

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