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Confusão entre as polícias Civil e Militar começa a ser apurado pelas corregedorias

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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MINAS GERAIS
Confusão entre as polícias Civil e Militar vai ser apurada

MINAS GERAIS

{loadposition adsensenoticia}As corregedorias das polícias Civil e Militar iniciaram nesta quinta-feira as apurações do confronto entre integrantes das duas corporações, durante operação para prisão dos suspeitos de sequestro de um gerente de banco e a mulher dele. O bancário foi obrigado a esvaziar os cofres da agência em que trabalha, em Contagem, na Grande BH. A Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) informou que depois dos levantamentos serão adotadas as medidas cabíveis, mas não confirmou quais seriam essas, que podem ir de sanções administrativas à expulsão dos responsáveis, conforme previsto nos regimentos das duas polícias.

Nesta tarde, a Divisão de Operações Especiais (Deoesp) apresentou sete acusados de integrar a quadrilha de sequestradores. Entre eles, está Israel Efraim Gomes, de 26 anos, suspeito de envolvimento em quatro homicídios, também em Contagem. Ele é primo de um policial militar, mas não há qualquer confirmação de que haja uma proximidade entre os dois parentes. Durante a apresentação, na sede da divisão, ele falou do confronto entre os policiais das duas corporações e negou sua participação no crime. “Perdemos para os policiais civis e os PMs arrancaram a carteira do delegado com agressividade, iniciando aquela confusão. Eles colocaram nossas vidas em risco”, criticou.

Além de Israel foram presos numa oficina mecânica no Bairro Amazonas, em Contagem, Paulo Roberto Serpa, de 32, Carlos Alberto José Soares, de 30, Leandro Moreira da Luz, de 29, e Edy Junio Barbosa de Oliveira, de 21. Eles chegaram ao local no fim da tarde, num veículo Astra, e pegariam um Santana Quantum, que foi deixado na oficina para reparos nos freios. Eles foram surpreendidos pelo delegado Hugo Malhano e cinco agentes da Delegacia Especializada de Repressão às Organizações Criminosas (Deroc). Quando os acusados já estavam nas viaturas descaracterizadas dos policiais civis, chegaram os PMs e teve início o atrito.

Pela manhã, momentos depois que o gerente foi obrigado a entregar o dinheiro da agência bancária, que fica no Petrolândia, em Contagem, outros dois criminosos já tinham sido presos. Diego de Brito Lana, de 24, Charles Domingues Oliveira, de 29, foram flagrados na mesma região, no Corsa do gerente. De acordo com o delegado Islande Batista, chefe do Departamento de Investigações de Crimes contra o Patrimônio, além dos sete presos, foram recuperados cerca de R$ 95 mil em dinheiro, e apreendidos três revólveres calibre 38 e quatro veículos. Chegou-se a divulgar que os bandidos levaram R$ 250 mil do banco, mas o delegado afirmou que não ficou confirmado o montante roubado.

Os acusados foram autuados por extorsão mediante sequestro, cuja pena prevista é de 12 a 20 anos de prisão. Islande Batista disse que o líder da quadrilha, conhecido por Paulista, conseguiu escapar ao cerco policial. O delegado não vê ligações dos acusados com outro grupo preso no mês passado. “São criminosos que tem passagens por outras modalidades de roubo, que se unem para fazer esse tipo de ataque, em que funcionários de bancos e seus parentes são sequestrados, normalmente à noite, quando chegam do trabalho, para no dia seguinte serem obrigados a esvaziar os cofres de caixas eletrônicos e das agências”, explicou.

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