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Com razão, delegado se recusa a receber detidos por policiais militares

por Editoria Delegados

 

 

 

Na manhã desta sexta-feira (10) dois homens foram detidos pela Polícia Militar no Norte de Florianópolis e quando eles foram levados para 8ª Delegacia de Polícia, nos Ingleses, o delegado se negou a recebê-los. O motivo alegado por ele é que a delegacia não uma cadeia pública.

 

Segundo a Polícia Militar, Fábio Coimbra é foragido do Rio Grande do Sul e cumpria a pena por assalto. Jessé Morais também deveria estar preso em Florianópolis por tráfico de drogas. “Ele mandou soltar os dois e fazer o que nós bem entendessemos com os detidos, que ele não ia receber preso na delegacia dele. Sempre fizemos operações em conjunto e nunca aconteceu isso. Em questão de semanas atrás para cá está acontecendo isso na 8ª DP”, afirma o policial militar Túlio Bueno.

 

O delegado explicou que a delegacia é para flagrantes e que as penas devem ser cumpridas no sistema prisional. “Eu tenho uma cela aqui na delegacia que não comporta, não é lugar para botar preso. É uma situação que o estado tem que resolver. Eu não vou receber porque eu não tenho condições de manter o preso aqui. Prendeu, encaminha para o sistema prisional, aqui não é cadeia pública”, acredita o delegado Nivaldo Rodrigues.

 

Enquanto aguardavam uma definição, os presos ficaram algemados do lado de fora. Uma confusão entre as polícias que até eles custavam a acreditar. “É estranho, nunca vi uma reação de polícia com polícia assim né. É um negócio que eles têm que resolver entre eles, não é verdade? Estou rindo porque é uma piada mesmo”, diverte-se Coimbra.

 

O diretor da Polícia Metropolitana da Grande Florinanópolis, Ilson da Silva, determinou que os presos fossem encaminhados para a Central de Plantão da Capital e depois eles devem ser levados ao presídio. O Departamento de Administração Prisional (Deap) garante que está tomando todas as providências para abertura de novas vagas no sistema. Por enquanto eles estão fazendo transferência de presos para outras regiões de Santa Catarina e agilizando processos para passar detentos do regime semiaberto para o regime aberto, o que irá acabar naturalmente liberando vagas.

 

G1

 

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