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Bandidos que atearam fogo em 12 carros e na delegacia são soltos por juiz de Pernambuco

(PE) Associação de Delegados da Polícia Civil manifesta indignação

por Editoria Delegados

A Associação dos Delegados de Polícia Civil de Pernambuco (ADEPPE) divulgou nesta segunda-feira (05/01) uma nota oficial expressando sua profunda indignação diante da decisão judicial que concedeu liberdade provisória aos dois criminosos flagrados ateando fogo em veículos estacionados em frente à Delegacia de Araripina, no Sertão de Pernambuco. O caso, que ocorreu no dia 1º de janeiro de 2025, foi considerado uma grave afronta à segurança pública e às instituições policiais.

De acordo com a nota, os suspeitos, além de incendiar os veículos apreendidos, também atingiram o muro lateral da delegacia, colocando em risco as residências e comércios próximos, além da segurança de policiais e civis que estavam no local. A ação criminosa demandou a rápida intervenção do Corpo de Bombeiros para evitar maiores danos.

Após diligências, os policiais civis conseguiram capturar os responsáveis pelo ato e os conduziram à delegacia, onde foram autuados em flagrante. No entanto, mesmo com o parecer do delegado e do promotor de justiça pela prisão preventiva, considerando a reincidência de um dos suspeitos em crimes graves e o impacto social do ocorrido, o juiz responsável decidiu liberar os acusados, justificando que não havia risco à ordem pública.

A decisão judicial gerou uma onda de insatisfação entre os agentes de segurança e a população local. Segundo a Adeppe, a liberação dos envolvidos transmite um perigoso sentimento de impunidade e enfraquece a credibilidade das instituições perante a sociedade. A entidade ressaltou a necessidade de decisões mais criteriosas, que levem em conta o impacto social e a gravidade dos crimes.

“A Associação dos Delegados de Polícia reafirma seu compromisso com a segurança pública e a aplicação da justiça. Esperamos que atos de tamanha ousadia não fiquem sem a devida punição, pois isso compromete a confiança da sociedade nas instituições responsáveis pela manutenção da ordem e da lei”, destacou a nota.

O episódio reacende o debate sobre a atuação do Judiciário em casos de flagrante e sobre a necessidade de maior integração entre os poderes para garantir a eficácia do sistema de segurança pública. Enquanto a polícia trabalha incessantemente para combater o crime, decisões que resultam na soltura de criminosos reincidentes geram desmotivação e insegurança tanto para os agentes quanto para a população.

A Adeppe conclui a nota reiterando o respeito à independência do Poder Judiciário, mas fazendo um apelo para que as decisões sejam tomadas com responsabilidade e sensibilidade diante das consequências para a coletividade.

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