Ministério Público de Alagoas processa a Polícia Civil para ter acesso ao sistema de Segurança Pública

Outros Ministérios Públicos do país, como os do Piauí, Acre e Rio Grande do Norte, já têm o acesso a esse sistema Outros Ministérios Públicos do país, como os do Piauí, Acre e Rio Grande do Norte, já têm o

Por Editoria Delegados

Outros Ministérios Públicos do país, como os do Piauí, Acre e Rio Grande do Norte, já têm o acesso a esse sistema

Outros Ministérios Públicos do país, como os do Piauí, Acre e Rio Grande do Norte, já têm o acesso a esse sistema

O Ministério Público do Estado de Alagoas ajuizou, nesta quarta-feira (14), uma ação civil pública contra a Polícia Civil. A finalidade é que o órgão tenha acesso ao Sistema de Procedimentos Policiais Eletrônicos do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, de Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp), de modo a facilitar o trabalho de apuração e de denúncia promovido por promotores de Justiça que exercem suas atribuições na esfera criminal.

Na petição, o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, a coordenadora do Núcleo de Combate ao Crime do MP/AL, Mirya Ferro, e a promotora da 62ª Promotoria de Justiça da capital (Controle Externo da Atividade Policial), Karla Padilha, argumentaram sobre a importância desse acesso para o bom andamento dos trabalhos dos membros que atuam na área penal. Eles também alegaram que já havia sido recomendado à Delegacia-Geral de Polícia Civil o acesso ao Sinesp:

“Consoante já consolidado no âmbito de outros entes da federação, o pedido visa permitir aos promotores e promotoras de Justiça com a atuação na seara criminal a consulta, de forma on-line, dos autos de inquéritos policiais, autos de prisão em flagrante, boletins de ocorrência ou qualquer outro expediente ou documento de natureza persecutória penal, ainda que conclusos à autoridade, fiscalizando sua tramitação e regularidade; bem como, fiscalizando o cumprimento dos mandados de prisão, das requisições e demais medidas determinadas pelo Ministério Público e peio Poder Judiciário, inclusive no que se refere aos prazos, permitindo ainda a verificação das cópias dos boletins de ocorrência ou sindicâncias que não geraram a instauração de inquéritos policiais e a análise da motivação dos despachos da autoridade policial, além de outras medidas, tudo com fulcro na explicita dicção do art. 4º da Resolução nº 20/07 do CNMP”, diz um trecho da ação.

Eles também explicaram que a disponibilização de acesso aos documentos-fins da atividade policial ao Ministério Público “não constitui faculdade do Estado, mas um dever regulamentado, inclusive, pela retromencionada Resolução, conforme já pacificado pelo Superior Tribunal de Justiça”.

O Ministério Público ainda alegou que o “avanço da tecnologia e da digitalização dos procedimentos não pode se constituir em óbice, mas sim, em aperfeiçoamento da integração das funções do Ministério Público e das polícias”.

O Sinesp, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, é uma plataforma de informações integradas, que possibilita consultas operacionais, investigativas e estratégicas sobre segurança pública, implementado em parceria com os entes federados. Ele foi criado através pela Lei nº 12.681, de 04 de julho de 2012. A partir da publicação da Lei nº 13.675, de 11 de junho de 2018, ele se consolidou como um dos meios e instrumentos para a implementação da Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social.

Outros Ministérios Públicos do país, como os do Piauí, Acre e Rio Grande do Norte, já têm o acesso a esse sistema.

Os pedidos

Por meio da ação, o Ministério Público requereu que o Estado de Alagoas seja condenado a operacionalizar e liberar o acesso aos membros do MP/AL com atribuição criminal, devidamente identificados e listados em ofício anteriormente enviado à PC/AL. Também foi pedida a declaração de nulidade da decisão do delegado-geral que negou o acesso do Ministério Público ao Sistema Sinesp-PPE.

Tribuna Hoje

DELEGADOS.com.br
Portal Nacional dos Delegados & Revista da Defesa Social

Veja mais

Delegados da PF reagem a discurso do deputado Coronel Meira contra delegada

Parlamentar proferiu insinuações misóginas, ofensivas e infundadas contra a Delegada de Polícia Federal Carla Patrícia

Delegados da PF reagem a ameaças de deputado licenciado e prometem responsabilização

Federação dos Delegados de Polícia Federal - Fenadepol - repudia declarações de deputado licenciado

Delegada não pode ser investigada por desclassificar tráfico de drogas para porte, decide juíza

Judiciário afirma que a decisão da autoridade policial foi devidamente justificada, respaldada por fundamentos legais, e não evidenciou qualquer desvio funcional

Homem é morto após ser flagrado com esposa de amigo e debochar da traição

(MT) Polícia Civil apurou que a médica foi ao hospital onde a vítima estava internada e apagou evidências. Ivan Bonotto foi esfaqueado e morreu

Governador do PI anuncia nomeação de 660 policiais militares e concurso para as polícias

(PI) Rafael Fonteles também confirmou um novo concurso para ingresso na corporação, em 2026, com previsão de mil vagas

Piauí anuncia instalação de 1.200 câmeras inteligentes para segurança pública

SPIA: Novo sistema de videomonitoramento com inteligência artificial será lançado por Rafael Fonteles em 16 de agosto O secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, anunciou, nesta terça-feira (15),

Delegado é assassinado, mas na audiência de custódia a preocupação é se o assassino foi agredido

O delegado Márcio Mendes, da Polícia Civil do Maranhão, foi assassinado no dia 10 de julho de 2025 durante o cumprimento de um mandado de prisão. Dois policiais civis baleados.

Veja mais

ADEPOL-MA: CARTA ABERTA À SOCIEDADE MARANHENSE E AO GOVERNO DO ESTADO Diante do brutal assassinato do delegado Márcio Mendes, ocorrido durante o exercício de suas funções na zona rural de

11JUL25-MA-MARCIO

Caxias (MA), 11 de julho de 2025 – Uma operação policial na manhã desta quinta-feira (10), na zona rural de Caxias, terminou de forma trágica com a morte do delegado

09JUL25-RAQUEL-2

No Brasil, há uma realidade que raramente ganha espaço no debate público. Mais policiais morrem por suicídio do que em confrontos armados, seja durante o serviço ou nos dias de

Brasília (DF) – O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) publicou, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (30), a Portaria nº 961, datada de 24 de junho de

Pix, gatonet e facções criminosas estão entre os principais alvos do megapacote de combate à criminalidade que será apresentado por secretários estaduais de segurança pública nesta semana, durante a I

POST-MELHORES-DELEGADOS-2025-RUCHESTER-MARREIROS

Ruchester Marreiros Barbosa foi aluno do doutorado em Direitos Humanos da Universidad Nacional Lomas de Zamora, Argentina, foi aluno do mestrado em Criminologia e Processo Penal da Universidade Cândido Mendes,

Thiago Frederico de Souza Costa é Delegado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), de Classe Especial. É graduado em Direito e pós-graduado em Altos Estudos em Defesa, pela Escola

Veja mais