Mascote de delegacia só bebe água mineral e se arrepia com presos

MS: Não é qualquer policial que pode brincar com o rottweiler O temperamento não é dos melhores e não é qualquer policial que pode brincar com o rottweiler Victor, mascote da Delegacia Especializada em Repressão à Roubos e Furtos (Derf)

Por Editoria Delegados

MS: Não é qualquer policial que pode brincar com o rottweiler

O temperamento não é dos melhores e não é qualquer policial que pode brincar com o rottweiler Victor, mascote da Delegacia Especializada em Repressão à Roubos e Furtos (Derf) de Campo Grande. No entanto, há cinco anos, é ele quem alegra investigadores, delegados e escrivães na rotina de flagrantes e operações policiais. O cão tem alimentação balanceada, com ração específica, e só bebe água mineral. Na condução de presos, por exemplo, faz o “bonde” ao presídio e até arrepia o pelo com novos detentos.

 

“Ele passeia conosco geralmente até o presídio e o Imol [Instituto de Medicina e Odontologia Legal]. Quando está no carro até nos ajuda, pois impõe a sua presença aos presos. É impressionante como ele sabe a diferença entre uma pessoa comum e um preso, só pelo cheiro. Na delegacia ele anda livremente e é muito difícil estranhar alguém, pois está acostumado com várias pessoas circulando por aqui”, afirmou ao G1 o investigador Ronaldo Ajala, de 45 anos.

 

Policial há mais de 20 anos, outro investigador da unidade, de 60 anos, completou dizendo que já teve situações que o cachorro arrepiou os pelos. “Enquanto movimentamos presos, ele fica deitado, prestando atenção. Mas já teve caso de preso se ‘revoltar’ e ele investir. Ele não vai para cima, mas investe”, afirmou.

 

Faro profissional

 

Plantonista na Derf há 10 anos, Ajala diz que o animal chegou à delegacia aos oito meses, em abril de 2010. Quem o levou para a unidade policial foi o delegado Roberval Rodrigues, atual diretor-geral da Polícia Civil. “Sempre gostei de animal e então levei o Victor para a Derf. Em algumas circunstâncias o cachorro atua até melhor do que um policial, por conta do faro. Além da Polícia Militar e a PRF [Polícia Rodoviária Federal], nós também estamos montando o nosso canil”, explicou o delegado.

 

O nome Victor foi dado ao cão por ser este o código da delegacia. Embora não treinado, a mascote respeita alguns comandos, como sentar, deitar e a posição de ataque. O policial de 60 anos contou que o cão é mais um membro da equipe. “Muitos estudantes de direito vêm aqui e ele fica tranquilo, não estranha. No desfile do último dia 7 de setembro, desfilou com a sua roupa especial e foi até reconhecido pelas pessoas na rua. O pessoal reconhece e até chama pelo nome. Gostam dele”, enfatizou.

 

Fiel companheiro

 

O grande porte e o temperamento podem até intimidar, mas Victor é um cão tranquilo e companheiro, segundo os policiais. “Ele nos acompanha até o carro quando chegamos na delegacia ou quando vamos embora. Está sempre por perto”.

 

Apelidado carinhosamente de “negão”, a mascote fica em alerta quando os investigadores perguntam a ele “onde está o gato”. Um dos policiais explica que “tem um gato que fica na delegacia, e ele não gosta muito dele, então é só falar ‘Victor, cadê o gato’ que ele sai correndo e vai direto no lugar onde o gato fica”.

 

Na rotina da mascote, segundo Ajala, está a caminhada matinal diária na praça do Papa. “Diariamente um dos policiais, assim que chega, lá pelas 7h, dá uma volta com ele. Ele caminha entre 15 e 20 minutos”.

 

Apesar da alegria e companheirismo, os últimos dias andaram preocupando os policiais da Derf. Victor tem pedras nos rins e, por conta disto, precisou ficar internado durante aproximadamente 30 dias. “Ele alegra o ambiente e nos distrai. Nos dias que esteve fora, fez falta, então sempre ia alguém visitá-lo para passear com ele”, comentou o investigador de 60 anos.

 

No período em que Victor ficou recebendo tratamentos de uma veterinária, as consultas e exames ficaram R$ 4,6 mil e, conforme o investigador, estão “contando com a ajuda dos policiais e as pessoas que quiserem ajudar”.

 

G1

 

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