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“Sistema vai bloquear desaparecido”, diz delegado sobre nova delegacia

por Editoria Delegados

 

 

 

O delegado Wanderley Redondo irá comandar a nova delegacia para localizar pessoas desaparecidas em Santa Catarina.

Uma das novidades será o bloqueio de pessoas sumidas no sistema de dados da polícia. Confira os principais trechos da entrevista dada ao DC:

 

Diário Catarinense — Como será o controle de casos?
Wanderley Redondo — Tem um monte de casos que agora nós vamos homologar todo o boletim de ocorrência do Estado. No momento que alguém registrar em qualquer ponto, em cinco minutos eu já recebo aqui no e-mail. Vamos analisar caso a caso e jogar para o cadastro único de pessoas desaparecidas.

 

DC — Haverá cadastro único?
Redondo — O sistema vai bloquear o indivíduo desaparecido. Ele não vai fazer identidade, documento de veículo, nem CNH. Vai aparecer um carimbo verde no sistema no momento que o policial abrir a identidade da pessoa. Assim, o força a registrar o reaparecimento.

 

DC — Não há controle hoje?
Redondo — Não. Nenhum. Temos casos aqui que vamos devagar para ir possibilitando dar uma baixa. Têm pessoas que tem cinco, seis ocorrências de desaparecimento. Agora o sistema não vai permitir isso.

 

DC — Há quantas desparecidos em Santa Catarina?
Redondo — De 500 a mil são reais, um número máximo. A gente não tem a quantidade exata.

 

DC — Quais os casos serão prioritários para investigar?
Redondo — Principalmente os antigos, de crianças, idosos. Tem o da Eliceia (Silveira, desapareceu em 1995 em Florianópolis), o do Alexandre Felisberto (desapareceu em 2004 em Balneário Barra do Sul). A gente vai ver as diligências. Vou voltar tudo nesses casos. Todas as informações ficarão armazenadas.

 

DC — Como será o serviço para identificar cadáveres?
Redondo — Vamos buscar a identificação de pessoas mortas não identificadas. Tivemos de 2010 até julho na Grande Florianópolis 52 casos. Em Joinville teve quantidade aproximada. A pessoa é enterrada como indigente. Não temos um número total ainda. Vou fazer um banco de dados com impressão digital delas.

 

DC — É necessário ir na delegacia de desaparecidos registrar o boletim de ocorrência?
Redondo — Não. Continua igual, como é hoje. Qualquer delegacia deve registrar o boletim de ocorrência, que depois será repassado internamente a gente.

 

Diário Catarinense

 

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