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Preso pela 3ª vez é solto por falta de promotor e delegado desabafa: “problema é pra sociedade”

por Editoria Delegados

PI: Falta de promotor de justiça foi o motivo

Delegado Célio Benício (PCPI)

Após ser preso pela terceira vez, Lázaro Henrique Costa Santos, suspeito de tráfico de drogas no município de Marcos Parente (359 Km ao sul de Teresina) foi solto pela Justiça. Ele estava preso na Penitenciária de São Raimundo Nonato desde fevereiro deste ano e teve a prisão relaxada em decisão do juiz Breno Borges Brasil, da Comarca de Marcos Parente, na última segunda-feira (28/05).

O motivo, segundo o magistrado em sua decisão, foi devido a falta de manifestação do Ministério Público do Piauí diante do caso. Ele diz que o processo foi encaminhado duas vezes para o Ministério Público que não se manifestou nem pelo arquivamento, nem pediu diligências e perdeu os prazos para apresentar a denúncia.

A informação da soltura do acusado surpreendeu o delegado regional de Uruçuí, Célio Benício, que efetuou a prisão de Lázaro pela terceira vez pelo mesmo crime. Em tom de desabafo, o delegado disse estar surpreso com o motivo da soltura.

“A gente ficou surpreso não pela soltura dele, mas sim pelo motivo que levou a soltura. A gente conversou com o promotor de Uruçuí, que é bem diligente, que já esteve respondendo por Marcos Parente, ele disse que não estava designado para o caso e ele disse que não tinha nenhum promotor designado para o caso”, afirmou o delegado.

O promotor de Marcos Parente, Gerson Gomes Pereira, disse que não houve ausência de manifestação por parte do Ministério Público e disse que o despacho do caso foi protocolado no dia 18 de abril deste ano. O promotor atribui o fato a algum erro ocorrido na secretaria do magistrado, que o levou ao erro na decisão.

“O Ministério Público vem prestar esses esclarecimentos, informar que não houve ausência de manifestação. Há a manifestação, ela foi feita no dia 18 de abril de 2018 e foi reiterada por duas vezes solicitando ao juiz que oficiasse a autoridade policial para enviar os autos e por um equívoco da secretaria do juiz, que certificou que não havia essa manifestação, o juiz acabou sendo levado a erro, e a partir desse erro, ou seja, da certidão que indicava que não havia manifestação do Ministério Público, revogou a prisão”, explicou o promotor.

Com o suspeito solto novamente sem julgamento e nem denúncia apresentada, o delegado completou o desabafo; “O maior problema é pra sociedade que vai ficar a mercê de um cidadão como esse. É a terceira vez que eu pessoalmente prendo ele e se tiver de prender a quarta, a quinta e a sexta a gente vai prender, ele errando, a gente vai prender”, disse.

Veja o vídeo da reportagem:

Jornal Cidade Verde

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