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Polícia Civil de Minas desarticula organização criminosa que atuava em Penitenciária de Segurança Máxima

por Editoria Delegados

MG: Operação Trojan cumpre 14 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão. Cinco policiais penais foram presos. Segundo a PC, eles facilitavam fugas de presos e entradas de aparelhos telefônicos.

Mandados foram cumpridos em Montes Claros, Francisco Sá e São Francisco — Foto: Paula Alves/ Inter TV

A Polícia Civil cumpre 14 mandados de prisão durante a Operação Trojan realizada no Norte de Minas, nesta quarta-feira (25). A ação visa combater crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

“O objetivo da investigação e das prisões foi desarticular uma organização criminosa que atuava dentro da Penitenciária de Francisco Sá facilitando fugas de presos e entradas de aparelhos telefônicos e outros objetos ilícitos. Cada aparelho telefônico tinha o valor de R$ 15 mil, mas esse valor variava de acordo com a demanda. Se a demanda tivesse alta procura, o valor subia se estivesse baixa, o valor caía”, explicou o delegado Alberto Tenório.
Segundo o delegado, até o momento cinco policiais penais e uma advogada foram presos.

“As informações que temos levantadas dá ensejo da articulação desses agentes públicos, juntamente com a advogada e outros detentos para articular a entrada de aparelhos e facilitação de fugas na Penitenciária de Francisco Sá”.

As investigações da Polícia Civil começaram em setembro de 2019 após uma fuga de presos na Penitenciária de Francisco Sá.

“Três presos evadiram daquela localidade, numa fuga completamente anormal. Iniciamos as investigações e conseguimos apontar a participação de todas essas pessoas envolvidas tanto na fuga, como na facilitação de entrada de aparelhos celulares”.

Além dos mandados de prisão, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão, 16 de bloqueios de contas bancárias e cinco mandados cautelares de afastamento do cargo. A operação foi realizada em Montes Claros, Francisco Sá e São Francisco.

Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou ao G1 que não compactua com quaisquer desvios de conduta dos seus servidores e disse que os cinco presos vão responder administrativa e criminalmente pelos seus atos.

Veja a nota da Sejusp na íntegra

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), participou da Operação Trojan, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (25). Policiais Penais participaram, juntamente com Policiais Civis, do cumprimento de mandados de prisão e de busca e apreensão em Francisco Sá, no Norte de Minas.

As investigações estão sendo capitaneadas pela Polícia Civil de Minas Gerais e a Polícia Penal contribui com as informações necessárias. O Depen-MG ressalta que não compactua com quaisquer desvios de conduta dos seus servidores. Um dos focos da gestão da Sejusp é o enfrentamento e o combate à atuação de Organizações Criminosas e à corrupção. Operações como esta são fundamentais em todas as esferas para que o serviço público seja desempenhado com a eficácia e o comprometimento merecidos pela população mineira.

Respeitado o direito a ampla defesa e o contraditório, todos os servidores do Depen-MG investigados pela Polícia Civil responderão, quando couber, administrativa e criminalmente pelos seus atos. Os cinco policiais penais investigados, após o fim dos procedimentos, serão encaminhados para unidades prisionais, onde ficarão presos preventivamente aguardando os trâmites judiciais.

 

G1

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