Início » PM de São Paulo mata mais que todas as polícias dos EUA juntas

PM de São Paulo mata mais que todas as polícias dos EUA juntas

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
10jun11-sp-pm-policiais-eua

SÃO PAULO
PM mata mais que todas as polícias dos EUA juntas

2.045 mortos!

SÃO PAULO

{loadposition adsensenoticia}Através da análise de dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) e analisados pela Ouvidoria da polícia constata-se que 2.045 pessoas foram mortas no Estado de São Paulo pela polícia Militar em supostos confrontos. Os casos são registrados como “resistência seguida de morte”.

Em entrevista para Causa Operária, Ângela Mendes de Almeida coordenadora do Observatório da Violência policial, uma das fundadoras do Tribunal popular “este Boletim de Ocorrência é registrado com a sigla RSM (Resistência Seguida de Morte). Em outros estados brasileiros se chama “auto de resistência”. Houve um homicídio praticado. Admitamos que tenha ocorrido em legítima defesa, e ele é resultado da resistência seguida de morte. Ora, o registro não menciona o homicídio. Menciona a resistência daquele que morreu e como a pessoa morreu, não há processo. Não há processo do homicídio, nem da resistência, porque não vai se processar um morto, não pode ser investigado.”

Este é o modo como a corporação acoberta diversos assassinatos com a alegação de que houve resistência.

Os dados mostram que com uma população quase oito vezes menor da dos Estados Unidos, o Estado de São Paulo registrou 6,3% mais mortes cometidas por policiais militares do que todo os EUA em cinco anos.

O último relatório divulgado pelo FBI mostra que todas as forças policiais dos EUA mataram em supostos confrontos 1.915 pessoas em todo o país no mesmo período.

Estas são mortes também classificadas como justifiable homicide (homicídio justificável) e definidas pelo “assassinato de um criminoso por um policial no cumprimento do dever”.

O ex-subsecretário nacional de Segurança Pública e pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Guaracy Mingardi, declarou: “Nós temos uma diferença. O júri americano tem uma tendência a inocentar [o acusado] porque ele desconfia do Estado. Aqui, apesar de o nosso Estado ser pior, o júri tende a condenar [o acusado] porque ele considera que, se a polícia pegou, é porque ele tem culpa no cartório.”

A declaração expõe que não existe estado de direito e que o Estado, mais forte, não protege os direitos do cidadão.

A Polícia Militar surge durante a ditadura para reprimir a população.

A ação criminosa e assassina da Polícia Militar é praticada desde que foi formada e está vindo à tona de maneira mais constante no último período.

Estes dados alarmantes de que em São Paulo a polícia matou 6% a mais do que nos EUA, não terá conseqüência a não ser com a mobilização.

Contra estes assassinos não existe nenhuma punição aos assassinos, todos são cinicamente acobertados.

Diante desta situação de verdadeiro cerco policial contra os trabalhadores e a população pobre é necessário exigir a dissolução imediata da PM e suas milícias paramilitares.

O movimento estudantil da USP deve expulsar a PM do campus universitário e junto com toda a população deve lutar pela dissolução deste exército de assassinos.

pco.org.br

Celina Ribeiro Coelho da Silva

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social
Portal Nacional dos Delegados

você pode gostar