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‘Pessoas alegam precisar de armas só por serem ricas’, relata delegada

por Editoria Delegados

SP: Não adianta dizer que é para a defesa da sua família e da sua propriedade

 

A Polícia Federal em São Paulo enfrenta neste ano uma enxurrada de pedidos de registros de novas armas de fogo: até o dia 26 de maio, foram 554, mais do que os 418 de todo o ano passado. Entre 2004, primeiro ano de vigência do Estatuto do Desarmamento, e 2014, o número de novos registros aumentou 4.000% no Estado, em linha com a retomada de venda de armas que tem atingido o País, como mostra reportagem do iG publicada nesta segunda (1º/6).

 

A maioria das solicitações – 60%, aproximadamente – são aceitas, afirma a delegada Karina Murakami, chefe do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) em São Paulo. Muitas, porém, são barradas porque o cidadão apresenta razões insuficientes. Como, por exemplo, dizer que precisa de uma arma só porque é rico.

 

“A pessoa somente justificou que ela era uma pessoa de posses, tinha uma condição social abastada”, diz Karina, em entrevista ao iG. “Nesses casos, a gente entende que não há justificativa para aquisição de uma arma de fogo.”

 

A delegada esclarece que a legislação exige que o interessado explique os fatos e circunstâncias que justifiquem a aquisição da arma de fogo – morar numa região perigosa ou ser um agente penitenciário, por exemplo.

 

“Não adianta dizer que é para a defesa da sua família e da sua propriedade. Eu quero saber por que você precisa de uma arma de fogo”, diz a delegada, enfatizando o termo “precisa”.

 

Segundo Karina, caso a documentação esteja em situação adequada, o processo demora 30 dias úteis para ter uma decisão. As armas mais procuradas são pistola 380 e revólver 38.

 

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