Seres humanos fazem julgamentos sobre a aparência do rosto em três medidas principais
Pesquisadores da Universidade de Princeton criaram um programa de computador que fornece a análise das expressões faciais e auxilia cientistas a determinar o que faz um rosto parecer confiável ou ameaçador.
Com base nesses dados, os cientistas descobriram que os seres humanos fazem julgamentos com ou sem razão, em frações de segundo, sobre a aparência do rosto em três medidas principais – se a pessoa deve ser abordada ou evitada, se é fraca ou forte, confiável ou temível.
Em 2005, o laboratório de Alexander Todorov, na Universidade de Princeton, ganhou manchetes internacionais com um estudo publicado na Revista Science, demonstrando que julgamentos rápidos faciais podem prever com precisão os resultados eleitorais do mundo real.
Esse estudo pode ser relevante nas interações pessoais, implicações para aqueles que se importam sobre o efeito de seus rostos e expressões como políticos, vendedores, réus criminais, disseram os pesquisadores.
As pessoas que têm rostos que são julgados como menos confiáveis são levados em vários países a pena de morte com mais frequência do que as pessoas vistas como confiáveis, de acordo com uma pesquisa recente na revista Psychological Science.
Os resultados “pintam um quadro alarmante de como os sistemas de punição legal são vulneráveis aos mesmos preconceitos que afligem pessoas todos os dias”, escreve John Paul Wilson e Nicholas Rule, os autores da pesquisa.
Os laboratórios de psicologia mostram que até mesmo crianças a partir dos cinco anos de idade são menos propensos a confiar nesses indivíduos.
Utilizando um programa de computador os pesquisadores criaram imagens da face de desconhecidos em 3D com pequenas diferenças na região dos olhos, nariz e boca.
De acordo com o estudo, um rosto menos confiável apresenta na região ocular sobrancelhas mais contraídas, diminuição vertical entre olhos e sobrancelhas, lábios vertidos para baixo ou tensos.
Observe os rostos e expressões abaixo e avalie. Em quem você confiaria?
Sobre a autora da matéria:
Valéria Leal – Perita Forense
afacedocrime.info
Psychological Science, 2015
DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados