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Novo golpe no cartão: entenda como funciona fraude no pagamento por aproximação e saiba como se proteger

por Editoria Delegados

Criminosos infectam maquininhas que geram falso erro durante transação para obrigar vítimas a usarem o cartão físico. Assim, o número do cartão é copiado para quadrilha fazer compras indevidas depois.


Cibercriminosos desenvolveram novas variações de um programa que infecta maquininhas de cobrança e provoca o bloqueio de pagamentos via aproximação, no celular ou no cartão físico.

Entenda o golpe em 4 pontos:

1. Criminosos entram em contato com lojistas se passando por funcionários de empresas responsáveis pelas maquininhas. Eles pedem que os lojistas acessem um link por meio do computador onde fica o sistema do aparelho;


2. A partir daí, a quadrilha instala um vírus que dá acesso remoto à maquininha;


3. As máquinas infectadas passam a detectar e impedir a cobrança por aproximação, exibindo uma mensagem falsa de erro, que pede para que o consumidor insira um cartão físico, a fim de fazer o pagamento. Nem o lojista e nem o cliente percebem que se trata de um golpe;


4. Ao usar o cartão físico, a vítima tem os dados do capturados e o cartão pode ser clonado. Criminosos podem fazer compras mesmo com cartões protegidos por chip e senha.

As informações foram divulgadas pela Kaspersky, especializada em cibersegurança, nesta terça-feira (31). De acordo com os pesquisadores da empresa, a quadrilha brasileira é a primeira a conseguir realizar fraudes com essa tecnologia de transação. Veja como se proteger.

Por que bloquear a compra por aproximação?

Esses bandidos já conseguiam clonar cartões a partir de maquininhas infectadas, segundo a Kaspersky, por meio do programa malicioso instalado na hora da falsa manutenção.

O novo golpe é um refinamento do antigo: a novidade é que o programa, agora, consegue detectar e bloquear compras por aproximação.

Mas por que isso interessa aos criminosos? Acontece que as compras por aproximação (“contactless”), seja com cartões ou no celular, têm um recurso que aumenta a segurança para o usuário: cada transação gera um número novo de cartão, que é diferente do cartão físico. E esse número só vale para aquele pagamento.

Como os criminosos querem capturar dados que possam ser usados depois, eles precisam do número do cartão físico, que só muda se a pessoa cancelar ou trocar de cartão.

Por isso é que, ao detectar que uma transação será pelo modo de aproximação, a máquina infectada bloqueia essa operação e obriga o uso do cartão físico.

‘Erro falso’ aparece nas máquinas que são utilizadas pelos criminosos — Foto: Reprodução/ Kaspersky

Golpe permite escolher clientes

Segundo a Kaspersky, os criminosos conseguem filtrar as vítimas pelo tipo de cartão, como Black/Infinite, que costumam estar vinculados a saldos e limites mais altos.

“Essas transações são extremamente convenientes e especialmente seguras, isso mostra a criatividade e conhecimento técnico dos criadores com relação aos meios de pagamento”, afirma Fabio Assolini, chefe da Equipe Global de Pesquisa e Análise (GReAT) da Kaspersky na América Latina.

Ainda segundo a Kaspersky, a atuação da quadrilha acontece na América Latina desde 2014. No entanto, até o momento, “as modificações mais recentes foram detectadas apenas no Brasil, mas poderão ser disseminadas para outros países e regiões”.

O consumidor que se deparar com a situação deve buscar alternativas em efetuar o pagamento via PIX, dinheiro ou tentar em outro terminal;

Verifique os comprovantes de valores emitidos nas faturas de cartão; caso tenha gastos indevidos, entre em contato com a instituição financeira responsável e faça um boletim de ocorrência;

g1

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