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Manifesto da FENADEPOL acerca da crise de saúde pública nacional

por Editoria Delegados

Tania Prado, presidente da FENADEPOL, entidade que engloba os sindicatos dos Delegados da PF


A Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL) manifesta grande preocupação da classe com o agravamento da crise pandêmica, classificada como o “maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil” – de acordo com a edição do Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 da Fiocruz – e com a lentidão com que vem ocorrendo a vacinação no território nacional, sobretudo com novas variantes do vírus circulando livremente, despertando a atenção de todos os governos no mundo.

Além disso, a rede de atendimento hospitalar no Brasil caminha a passos largos para o esgotamento de sua capacidade de leitos de UTI e de fazer frente aos impactos que o vírus causa. Foi noticiado, ainda, que os estoques de medicamentos para intubação de pacientes graves estão acabando.

Chama a atenção a nítida falta de políticas públicas de gestão nacional da crise com unificação em território nacional de medidas de prevenção e enfrentamento de “Fake news”, o que está levando ao caos o controle da pandemia por aqui. As novas variantes do vírus passaram a atacar com maior severidade indivíduos mais jovens, levando os casos de óbitos a aumentarem vertiginosamente na faixa etária em que se encontram os policiais do Brasil.

Toda esta situação acabou deixando os policiais à sua própria sorte, numa indefinida e longa espera, mesmo em se tratando de categoria que está ao longo de toda a crise trabalhando, enfrentando todos os dias o vírus e os criminosos nas ruas do país. Policiais dedicados e cumpridores dos seus deveres estão se expondo nas operações, inclusive de combate a festas clandestinas, de fechamento de estabelecimentos com funcionamento proibido e nas medidas de restrição de circulação das pessoas.

É urgente que as autoridades do Ministério da Saúde, como gestoras do Plano Nacional de Imunização, e do Ministério da Justiça consertem esse grave equívoco. Igualmente os governadores, prefeitos e parlamentares, sobretudo a classe política que se elegeu sob a promessa de valorizar a segurança pública, tem que tomar providências para garantia da proteção desses agentes públicos mais expostos ao vírus. Infelizmente no país, pouquíssimos municípios já estão vacinando os profissionais da segurança pública.

É urgente, também, que as autoridades do país ajam com o máximo de rigor e de velocidade ao adquirirem imunizantes suficientes para vacinar toda a população brasileira nos próximos meses. O ritmo de vacinação atual desagrada e preocupa enormemente. Convém mencionar, ainda que testes-covid em massa e gratuitos precisam ser disponibilizados para a população, sobretudo para aqueles que estão mais expostos e que representam o Estado.

A FENADEPOL manifesta seu inconformismo em ver os profissionais de polícia tendo que todo dia acordar e enfrentar o vírus sem proteção e se expondo a contrair a doença e se vitimarem por absoluta falta de gestão eficaz da crise sanitária que não consegue disponibilizar vacina para quem não pode se afastar das ruas e por consequência do vírus.

Assim sendo, é urgente que tanto os chefes do Poder Executivo, como o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça, dêem clara demonstração de eficácia na gestão da crise e comandem data certa para vacinação dos profissionais da segurança pública, bem como seja feito o que todos esperam do governo federal que é ofertar em quantidade suficiente vacinas para imunizar toda a população brasileira.

Com essas medidas, vidas serão preservadas, o país terá sua economia normalizada e voltará a ter credibilidade internacional. As fronteiras novamente voltarão a se abrir, permitindo que os brasileiros circulem entre países, sem restrições que hoje coloca os brasileiros como excluídos da comunidade internacional. A FENADEPOL estará presente nas manifestações da UPB – União dos Policiais do Brasil no dia 22 de março em todo o país, em defesa desta pauta e contra as medidas que afetam a segurança pública.

Tania Prado, presidente da FENADEPOL, entidade que engloba os sindicatos dos Delegados da PF

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