É chegada a hora de ampliar o olhar sobre as facções criminosas, enxergando-as como um fenômeno complexo e carente de conceituação legal e acadêmica. À medida que a visão da racionalidade administrativa é afastada, emergem, do que os próprios membros de uma facção dizem sobre si, as características que marcam esses grupos.
O objetivo geral da obra é apresentar um caminho conceitual para facções criminosas, materializando objetivos específicos: estabelecer a diferença conceitual entre organizações criminosas e facções; descrever a forma escolhida pela racionalidade administrativa para produzir conhecimento sobre uma facção específica estudada; identificar aspectos desse grupo que foram desprezados pela investigação policial; esboçar um diálogo com a literatura pertinente para integrar características sobre facções.
A autora Quésia trata de abordagem conceitual e não de conceito, na medida em que os estudos antropológicos miram não generalizações, mas o entendimento do que é singular, indagando o que ele tem a nos dizer sobre o geral.
Sua preocupação não é trazer um desfecho, é antes trazer elementos para entender o fenômeno.
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