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Golpista de MS usa WhatsApp para debochar das vítimas, diz delegada

por Editoria Delegados

MS: Jovem disse que ele enviou fotos exibindo dinheiro e bebendo cerveja

 

Após enganar várias pessoas em Campo Grande, em outras cidades do Estado e também no Mato Grosso, com a negociação de lotes e casas populares a R$ 7,5 mil, o homem de 35 anos, suspeito de estelionato, estaria debochando das vítimas. Segundo a delegada Célia Bezerra, titular da 4ª Delegacia, nesta segunda-feira (2), a Polícia Civil está juntando provas no inquérito.

 

“O estelionatário criou um grupo de clientes em um aplicativo e lá repassava todas as informações da suposta venda das casas. No entanto, agora que as vítimas descobriram que se trata de um golpe, ele sumiu e está fazendo deboches, chamando as pessoas de trouxa e também postando fotos como se estivesse gastando o dinheiro delas”, afirma ao G1 a delegada.

 

Neste momento, uma auxiliar de escritório, de 24 anos, está prestando depoimento. “Ela está mostrando imagens que ele enviou bebendo cerveja, mostrando partes intimas e dinheiro. Estas fotos vão constar no inquérito e também no indiciamento do autor, que vai responder por estelionato e possivelmente ameaça e atentado ao pudor”, explica a delegada.

 

A jovem, disse que teve o prejuízo de R$ 500 e percebeu o golpe a tempo de não investir mais R$ 7 mil. Além dela, a delegada comentou que outras pessoas vão prestar depoimento esta semana. O suspeito de estelionato, até o momento, não foi encontrado. “Ele já foi identificado e as buscas continuam e já sabemos que ele praticou o golpe em diversos bairros da cidade”, ressalta a delegada.

 

Entenda o caso

 

Na semana passada, conforme a delegada, ao menos 15 vítimas já tinham registrado boletim de ocorrência contra o suspeito na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro, além da 4ª e 7ª Delegacia, sendo que após uma “falha” ele foi descoberto.

 

“Uma das testemunhas anotou a placa de um carro que ele estava e com isso conseguimos identificar o golpista. Ele dizia para as vítimas que as casas ali eram sobras de campanha e, caso a pessoa ajudasse nas vendas, teria a sua garantida. O homem ainda ressaltava que mantinha contato direto com um gerente da Caixa Econômica Federal”, disse a delegada.

 

Para dar entrada na papelada e entrar no imóvel, ele pedia R$ 4 mil de entrada e mais R$ 3,5 no momento da entrega das chaves. Além de casas, ele negociava lotes, entrando em contato com as pessoas por meio do telefone celular. “Assim que a pessoa repassava a entrada, ele marcava encontro em um cartório. Neste momento, ele não aparecia, mas dizia a pessoa para adiantar a documentação. E a vítima ficava lá autenticando documentos e tirando a certidão negativa”, finalizou.

 

G1

 

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