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Delegado preso é suspeito de receber propina de supermercado no RJ

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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RIO DE JANEIRO
Delegado recebia propina de mercado

Suspeito foi preso

RIO DE JANEIRO

{loadposition adsensenoticia}O delegado preso na Operação Alçapão, da Corregedoria Interna da Polícia Civil (Coinpol) realizada na quarta-feira (1º), durante a investigação sobre o jogo do bicho, também está sob suspeita de receber produtos de um supermercado da cidade de São José do Vale do Rio Preto, na Região Serrana do Rio, em troca de um tratamento diferenciado à empresa.

De acordo com a Coinpol, o delegado foi ouvido informalmente e afirmou que não sabia que era crime receber a cortesia do supermercado. Sobre a acusação de envolvimento com o jogo do bicho, ele ainda não apresentou sua defesa à polícia.

Os dez presos na operação foram ouvidos durante a noite. Parte do grupo já foi para os presídios do Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Outra parte seguirá para lá na manhã desta quinta-feira (2), de acordo com informações da Coinpol.

Depois de seis meses de investigação, agentes da Coinpol cumpriram, nesta quarta-feira (1º), dez mandados de prisão contra suspeitos de envolvimento com o jogo do bicho, no estado do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, entre os presos na operação há sete policiais civis, sendo um delegado, um advogado e um agente penitenciário.

Segundo a delegada Tatiana Loche, da Divisão de Assuntos Internos da Corregedoria, um homem, suspeito de atuar como informante, foi preso em flagrante em Alcântara, em São Gonçalo, na Região Metropolitana. Um policial civil se apresentou na delegacia por volta das 18h30 de quarta.

Mala com R$ 210 mil

Na casa del um dos policiais,  os agentes encontram uma mala de dinheiro escondida numa árvore. A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, informou que havia cerca de R$ 210 mil dentro da mala.

De acordo com a Polícia Civil, alguns dos envolvidos chegaram a ocupar cargos de confiança, como a chefia do setor de homicídios da delegacia de São Gonçalo e a chefia do serviço de investigação da delegacia de Niterói. Ainda segundo os agentes, os suspeitos recebiam até R$ 10 mil de propina por mês.

A polícia também fez diligências na casa do ex-presidente da Viradouro, Marcos Lyra, suspeito de envolvimento no esquema. Lá foi encontrada e apreendida uma máquina caça-níquel. Entretanto, Lyra não teve a prisão decretada. Computadores, documentos e joias apreendidos na operação foram levados para a delegacia.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito, envolvimento com o jogo do bicho, corrupção passiva e formação de quadrilha.

G1

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