Telegram não entrega ‘respostas efetivas’, afirma delegado da PF

Aplicativo de mensagens Telegram ainda não colabora com investigações, diz delegado Mesmo após indicar representante no Brasil, o Telegram ainda não entrega “respostas efetivas” aos questionamentos da Polícia Federal feitos dentro de diferentes investigações que envolvem a plataforma. A afirmação é do delegado Cléo Mazzotti, chefe da divisão de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia […]

Por Editoria Delegados

Aplicativo de mensagens Telegram ainda não colabora com investigações, diz delegado

Mesmo após indicar representante no Brasil, o Telegram ainda não entrega “respostas efetivas” aos questionamentos da Polícia Federal feitos dentro de diferentes investigações que envolvem a plataforma.

A afirmação é do delegado Cléo Mazzotti, chefe da divisão de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal, área onde fica o setor responsável pelo combate aos crimes cibernéticos.

O aplicativo já esteve sob risco de ser banido do país por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Em março, Moraes acolheu pedido da PF e determinou o bloqueio da plataforma – a medida foi revertida após a empresa assumir compromissos sobre moderação e combate à desinformação.

“A PF ainda está tentando conversar com o escritório [que passou a representar o Telegram após a decisão do Supremo] para alinhavar caminhos, ver qual a melhor forma de encaminhar e ter os pedidos atendidos. O fato é que até o momento não estamos tendo respostas efetivas ao que foi solicitado [nas investigações]”, afirma Mazzotti.

O delegado diz que a equipe da PF já se reuniu com os novos representantes da empresa, mas que as respostas dentro das investigações ainda são insuficientes.

Mazzotti afirma que a polícia perguntou, nesses encontros, o que o Telegram precisa para conseguir responder aos questionamentos. Também que tipo de demanda a plataforma não consegue atender por alguma limitação técnica, por exemplo.

A ideia da PF é estabelecer protocolos com as empresas de tecnologia sobre que tipo de conteúdo pode ser compartilhado com as autoridades. Também definir quais informações podem ser liberadas por pedidos mais simples, como via ofício, e quais exigem decisão judicial.

Procurados pela Folha nesta sexta-feira (10), o Telegram e advogado Alan Thomaz, que representa o aplicativo, ainda não se manifestaram. Ao pedir ao STF o bloqueio do Telegram, a PF argumentou que o serviço de mensagens tem sido utilizado como meio seguro para prática de crimes graves, como o compartilhamento de pornografia infantil.

O aplicativo ainda é visto como uma das principais preocupações para as eleições de 2022 pelo risco de disseminação de fake news.

Após a decisão do STF, o Telegram também firmou compromissos com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para o combate à desinformação. Mazzotti diz que ainda não vê razões para voltar a acionar o Supremo e apontar que o Telegram segue sem colaborar com as investigações. “Ainda entendo que não temos de comunicar [o Supremo]. Estamos conversando com a empresa”, diz o delegado.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) aposta no Telegram como ferramenta para sua campanha à reeleição ao Planalto. Como mostrou a Folha, ele se reuniu recentemente com representantes da empresa para saber o que foi tratado numa reunião, na véspera, entre o Telegram e o comando do TSE.

Segundo colocado nas pesquisas, Bolsonaro tem 1,3 milhão de inscritos em seu perfil no Telegram, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas intenções de voto, tem 72,9 mil.

Mazzotti afirma que alguns delegados têm deixado de fazer questionamentos dentro das investigações por perceberem que não há resposta do Telegram.

Segundo Mazzotti, as empresas de aplicativo – como o WhatsApp e o Telegram – afirmam que têm as mensagens criptografadas de ponta a ponta, o que impede a entrega de algumas mensagens.

O delegado afirma que em alguns casos os pedidos são mais simples, como dados cadastrais dos usuários e horários das trocas de mensagens. Ainda assim, nem sempre são atendidos.

Em março, o fundador do Telegram, Pavel Durov, pediu desculpas ao STF horas após a decisão de bloqueio da plataforma. Ele afirmou que um problema técnico impediu a plataforma de receber notificações judiciais do Brasil.

Durov fez um apelo ao STF para que reconsiderasse o bloqueio do serviço e prometeu instalar representação no país. Já Bolsonaro chamou de “inadmissível” a decisão do STF de derrubar a plataforma.

Em 7 de junho, Bolsonaro recebeu o vice-presidente do Telegram, Ilya Perekopsky, e o advogado Alan Thomaz, sócio da Campos Thomaz Advogados, que se tornou representante da empresa no Brasil. “Ótima conversa sobre a sagrada liberdade de expressão, democracia e cumprimento da Constituição”, disse Bolsonaro em uma rede social, após o encontro.

Perekopsky também esteve no TSE em 6 de junho, onde se encontrou com o presidente da corte, ministro Edson Fachin.

O tribunal divulgou nota após a reunião com o Telegram. No encontro, a empresa anunciou medidas de monitoramento de conteúdos publicados em grupos da plataforma.

“É a primeira vez que a plataforma faz esse acompanhamento e, a partir da experiência brasileira, a ferramenta será replicada para outros países que também enfrentam ameaças à democracia por meio da disseminação de conteúdo falso”, disse a corte em nota.

Mensagens identificadas como descontextualizadas ou falsas serão marcadas como potencial desinformação para os usuários, ainda segundo o tribunal.

Esses conteúdos serão encaminhados a canais de agências de checagens de fatos dentro do Telegram. Os usuários da rede também podem denunciar as mensagens.

Como parte dos compromissos assumidos com o TSE, o Telegram criou um canal oficial da corte dentro da plataforma de mensagens para divulgar informações oficiais sobre as eleições. O canal tem mais de 184 mil membros.

Folha e Amazonas Atual

DELEGADOS.com.br
Portal Nacional dos Delegados & Revista da Defesa Social

Veja mais

Encontro Nacional dos Delegados de Polícia | 2025

Adepol do Brasil, Associações e Sindicatos de Delegados de Polícia de todo o país promovem o encontro entre os dias 11 e 13 de dezembro em Aracaju

Rodolfo Laterza segue, pela 4ª vez seguida, na Lista dos Melhores Delegados de Polícia do Brasil! Censo 2025

A escolha dos melhores delegados consolida, para sempre, os nomes e as histórias dos delegados e das delegadas. Promove valorização do cargo, reconhecimento na carreira, identificação de competência, visibilidade dos

Márcio Dominici é reconduzido à presidência da Adepol Maranhão para o período de 2026 a 2028

(MA) A contagem dos votos foi acompanhada presencialmente por ambos os candidatos e teve transmissão simultânea através do perfil oficial da associação no Instagram, ampliando a transparência do processo.

Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para sindicalizados do Sindpesp São Paulo

Sorteio de Assinaturas Premium Anual e Vitalícia do Portal Delegados para delegados de polícia associados e sindicalizados!

Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para associados da Adepol Sergipe

Sorteio de Assinaturas Premium Anual e Vitalícia do Portal Delegados para delegados de polícia associados e sindicalizados!

Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para associados da Adepol Santa Catarina

Sorteio de Assinaturas Premium Anual e Vitalícia do Portal Delegados para delegados de polícia associados e sindicalizados!

Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para associados da Adepol do Distrito Federal

Sorteio de Assinaturas Premium Anual e Vitalícia do Portal Delegados para delegados de polícia associados e sindicalizados!
Veja mais

Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para associados da Adepol Pará

PA ADEPOL BANNER SORTEIO POST
Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para delegados de polícia associados e sindicalizados!

Piauí é o estado mais seguro do Nordeste segundo ranking nacional de Segurança Pessoal

Francisco Lucas (secretário de segurança pública do Piauí) e Rafael Fonteles (governador do Piauí)
(PI) Estado registrou 20,4 homicídios por 100 mil habitantes, índice que a coloca na décima primeira posição nacional.

Felipe Monteiro é o novo Delegado-Geral da Polícia Civil de Pernambuco

08NOV25-PE-NOVO-DG
(PE) Delegado Renato Márcio Rocha Leite deixou o cargo de delegado-geral da Polícia Civil do Estado, após apresentar pedido de exoneração

Investigação de crimes contra a honra via TCO ou Inquérito Policial

08NOV25-TCO-IPL-REDESSOCIAIS
Análise Jurídico-Policial, Coleta de Provas , Arquivos, Documentos e Modelos de Peças referentes a tais casos.

Concurso público com 750 vagas para Polícia Civil da Bahia

09NOV25-BA CONCURSO POLICIA CIVIL
(BA) Além das vagas para delegado, o certame contemplará 750 oportunidades no total, distribuídas entre 500 vagas para investigador, 150 para escrivão e 100 para delegado, com o objetivo de

Delegados do Piauí, Pará, Goiás, Bahia e São Paulo concluem curso de Gerenciamento de Crises e reforçam estratégias de segurança pública no Brasil

07NOV25-DELEGADOS-CURSO-CRISE
O conhecimento adquirido pelos cinco delegados será disseminado em suas respectivas corporações, servindo de base para novos programas de capacitação interna e projetos de integração entre estados, voltados à prevenção

Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para sindicalizados do Sindelpol Rio de Janeiro

RJ SINDELPOL BANNER SORTEIO POST
Sorteio de Assinaturas Anual e Vitalícia do Portal Delegados para delegados de polícia associados e sindicalizados!
Veja mais

Não é possível copiar este conteúdo.