PF prende no DF e GO 16 por desvios de R$ 2 milhões de contas pela web

Suspeitos eram jovens de classe média com idade entre 25 e 30 anos A Polícia Federal informou que, até o meio-dia desta segunda-feira (29), 16 homens haviam sido presos no Distrito Federal e em Goiás por suspeita de participação em

Por Editoria Delegados

Suspeitos eram jovens de classe média com idade entre 25 e 30 anos

 

 

A Polícia Federal informou que, até o meio-dia desta segunda-feira (29), 16 homens haviam sido presos no Distrito Federal e em Goiás por suspeita de participação em um grupo criminoso que desviou mais de R$ 2 milhões de correntistas pela internet. De acordo com a corporação, foram expedidos 53 mandados na operação batizada de “IB2K”– 8 de prisão preventiva, 10 de temporária e 35 de busca e apreensão.

Quatros presos são do Distrito Federal – dois de Santa Maria, um de Ceilândia Norte e um de Taguatinga. Outros 12 são de Goiás – nove de Águas Lindas, dois de Valparaíso e um do Jardim Ingá. A polícia informou que outros dois suspeitos devem ser detidos até o fim do dia. Dois mandados de apreensão também foram cumpridos em São Paulo, onde a PF acredita que funcionava um segmento da quadrilha.

Os hackers fazem com que os clientes acessem páginas falsas e informem seus dados bancários. Outro método é o encaminhamento de mensagens contendo vírus, e então esses vírus captam os dados das contas dos clientes”

 

De acordo com o delegado da Polícia Federal Stênio Santos, os integrantes são hackers, laranjas, e partícipes do grupo criminoso. Todos são jovens de classe média, com idade entre 20 e 35 anos. Na casa deles foram apreendidos smartphones, HDs, pen drives, boletos bancários e bens que, segundo a polícia, são incompatíveis com a “capacidade financeira” dos suspeitos.

 

De acordo com a PF, a quadrilha enviava milhares de e-mails oferecendo serviços para pagamento com desconto de até 60% de boletos bancários e tributos como IPVA e IPTU. Ao acessar os links enviados no e-mail, o correntista entrava em páginas falsas e acabava fornecendo números de contas e senhas. Com isso, os golpistas conseguiram acessar a conta da pessoa e desviar dinheiro. Segundo Santos, os criminosos desviavam de R$ 400 a R$ 9.999 dos correntistas.

 

“O hacker age pela internet, obtendo as senhas e os dados bancários de clientes de instituições bancárias, dos quais faziam pagamento de boletos, recargas de telefones celulares, e transferências bancárias para contas de laranjas”, disse Santos. “Os hackers fazem com que os clientes acessem páginas falsas e informem seus dados bancários. Outro método é o encaminhamento de mensagens contendo vírus, e então esses vírus captam os dados das contas dos clientes.”

 

“Os hackers anunciam no submundo da internet o pagamento de boletos com 50% a 60% de desconto. Essas pessoas tinham acesso às informações [dados bancários de clientes] e usavam o código de barras [de algum beneficiário] para pagamento. O hacker fazia o pagamento, mas quem pagava a fatura era o cliente da instiuição bancária, a vítima lesada”, disse Santos.

 

Os suspeitos devem ser indiciados pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro e podem pegar até 30 anos de prisão. Os beneficiários dos desvios de dinheiro também deverão responder pelos crimes, segundo a PF.

 

“Existem diversas formas de se proteger. Uma delas é ter sempre a sua máquina atualizada, com firewall, antivírus, mas principalmente mesmo é tomar cuidado onde vai acessar e ficar sempre alerta, porque não existe almoço grátis”, disse Santos. “Qualquer mensagem um pouco mais suspeita deve ser considerada, e desse modo se evitar entrar em sites suspeitos, observar se a URL corresponde à do site [da instituição bancária], e se possível sempre digitar a URL do banco, entre outras dicas que é possível encontar na internet.”

G1

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