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Vítima de assalto deve agir de forma cautelosa, diz delegado

por Editoria Delegados

 

 

Dois casos de violência que aconteceram na cidade de Feira de Santana nesta quarta-feira, 24, trouxeram à tona uma antiga discussão sobre como se portar diante de assaltos. Em um deles, Anacleto Araújo da Silva, 75 anos, foi morto após mostrar uma faca a uma dupla de assaltantes armados. A reação da vítima surpreendeu os criminosos, que atiraram contra Anacleto.

 

O caso de Bráulio Cerqueira de Oliveira Neto, de 20 anos, teve um final diferente. O jovem tentou assaltar um homem na noite desta quarta e acabou levando um tiro nas costas, após a reação da vítima. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).

 

O segundo caso não teve vítimas fatais, mas o resultado poderia ser ainda mais desastroso. Por isto, a polícia orienta à população que não reaja em casos semelhantes a estes. O delegado Glauco Suzart, titular da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Alagoinhas, enfatiza que uma reação inesperada por parte da vítima pode levar o criminoso a agir de forma impulsiva e ainda mais violenta.

 

“Muitas vezes, o assaltante é usuário de drogas, então as reações são imprevisíveis. A vítima deve agir de forma cautelosa, com movimentos lentos, e entregar tudo o que for pedido. Depois ela tenta resgatar junto à polícia os seus pertences, mas o maior bem que nós temos é a nossa vida”, ressalta o delegado.

 

A auxiliar de estacionamento Valneide Ferreira se conscientizou de que a situação pode trazer riscos à vida após reagir a um assalto e levar um soco no rosto. A auxiliar saía de casa, no bairro de São Marcos, quando foi abordada por um homem em uma bicicleta, que tentou levar sua bolsa, mas ela não deixou e contou com a ajuda de uma vizinha, que gritou para a atrair a atenção das pessoas.

 

O homem não conseguiu levar a bolsa, mas deixou marcas no rosto de Valneide. “Eu reagi porque estava nervosa e vi que ele não estava armado, mas fiquei traumatizada depois disso. Hoje não agiria da mesma forma, se ele me pedisse a bolsa, entregaria sem pensar duas vezes. Não quero passar de novo por esta situação”, reflete.

 

A tarde

 

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