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Sequestrador de juiz americano se passou por policial e disse que ele seria preso por estar com garota de programa menor de idade

por Editoria Delegados

RJ: Informação dada por criminoso a uma amiga do juiz foi usada para exigir R$ 200 mil por resgate. Mulher avisou à polícia, que libertou o magistrado do sequestro.

 

A ação de uma amiga do juiz americano vítima de um sequestro em Copacabana, na Zona Sul do Rio, foi fundamental para o resgate do magistrado.

Em depoimento à Delegacia de Antissequestro (DAS), ela recebeu um telefonema do juiz e ficou sabendo que ele estava com homens que se identificaram como policiais civis.

Os falsos agentes disseram ter prendido o magistrado por ele estar com uma garota de programa que seria menor de idade – o que era mentira.

“A declarante indagou para onde o amigo seria levado, momento em que o interlocutor disse que seria levado para uma delegacia da Zona Norte; que então o interlocutor disse que poderiam negociar a liberdade do juiz por R$ 200 mil. A declarante disse que iria encontrá-los a fim de negociar os termos da liberação do amigo”, diz trecho do depoimento.

A mulher entrou em contato com um policial militar, que a orientou a procurar uma delegacia.

Assim foi feito e, a partir da orientação dos agentes da Delegacia Antissequestro, ela voltou a falar com os homens que estavam com o juiz para negociar a entrega do dinheiro.

Após a prisão de um dos sequestradores, a polícia soube que a vítima, que havia recebido duas garotas de programa pela manhã no flat onde estava hospedado, voltou a receber a visita das mulheres à tarde. Elas retornaram ao local na companhia de dois homens.

Segundo os policiais, os criminosos renderam o americano, roubaram dinheiro e o levaram para um local desconhecido. Momento este que passaram a exigir resgate para a liberação da vítima.

Passadas algumas horas de investigação e negociação, um dos envolvidos foi preso ao retornar para Copacabana, onde supostamente receberia o resgate. Ele levou os policiais até a vítima, que foi libertada sem que houvesse pagamento.

 

Garotas de programa suspeitas de participar do sequestro também foram presas

 

Um dos presos era envolvido com a milícia

Ao todo foram presas seis pessoas:

– Erivaldo Juvino da Silva, o homem que negociava o resgate;

– Alef Israel dos Santos Araújo;

– dois homens ainda não identificados;

– Shayna Xavier Monteiro da Silva e Beatriz Freitas dos Santos, as garotas de programa.

Erivaldo também é conhecido como “Nem da Malvina”, e é um dos chefes de uma milícia que age na Zona Oeste do Rio. Ele foi preso e autuado por extorsão com sequestro.

Na tarde de quarta-feira (13), Erivaldo, que tem envolvimento com a milícia e estava em liberdade condicional, teve a prisão convertida de flagrante para preventiva em audiência de custódia.

Os outros presos ainda terão sua situação analisada pela Justiça.

Condicional em fevereiro

Durante a audiência de custódia, o juiz Alex Quaresma Ravache pontuou que a prisão preventiva deveria ser determinada, já que Erivaldo estava em liberdade condicional.

“Observa-se ainda que o custodiado ostenta ao menos quatro condenações anteriores com trânsito em julgado pela prática de crimes, três delas por associação criminosa e uma por porte ilegal de arma de fogo, com pena total de 15 anos de reclusão, conforme atestado de pena à fl. 123.”

O magistrado também menciona “relatório situação processual executória” do preso, indicando que Erivaldo estava em liberdade de condicional desde fevereiro de 2022, “com 24% de sua pena relativa às condenações anteriores ainda não cumprida”.

“Seu histórico criminal evidencia o risco concreto de reiteração delitiva e reforça a insuficiência de medidas cautelares diversas da prisão e a necessidade da prisão cautelar como garantia da ordem pública”, escreveu o juiz.

Um juiz americano, que não teve o nome divulgado pela polícia, foi vítima de uma sequestro depois de se envolver com duas garotas de programa no Rio.

Após deixar o flat onde a vítima estava, elas voltaram acompanhadas de dois homens, que sequestraram o juiz e exigiram R$ 200 mil como pagamento do resgate.

O juiz fez contato com uma amiga, que avisou à polícia, que então passou a monitorar os passos dos suspeitos e prendeu parte da quadrilha entre segunda-feira (11) e terça-feira.

Participaram da força-tarefa policiais da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), da Delegacia Antissequestro (DAS) e da 24ª DP (Piedade).

g1

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