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Polícia Civil do RJ prende vereador Dr. Jairinho e mãe de Henry

por Editoria Delegados

Caso Henry: pai contradiz depoimentos de mãe e Jairinho à polícia


A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na manhã de hoje o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade) e a professora Monique Medeiros em investigação pela morte do menino Henry Borel, ocorrida no dia 8 de março.

Padrasto e mãe da vítima, o casal foi preso preventivamente na casa de uma tia do político em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pelo 2º Tribunal do Júri.

O que dizem pai, mãe e Dr. Jairinho sobre morte da criança no Rio

Segundo os investigadores, Dr. Jairinho já tinha histórico de agressões contra o menino com o conhecimento da mãe. O casal também é suspeito de combinar versões e de ameaçar testemunhas para atrapalhar as investigações.

Um vídeo feito na entrada da 16ª DP (Barra), que investiga o caso, mostra o momento em que Dr. Jairinho e Monique foram conduzidos até a delegacia, algemados. “Assassino!”, gritou um homem no momento em que o político era conduzido pelos investigadores, diante da presença da imprensa.

A Polícia Civil do Rio irá conceder entrevista sobre o caso a partir das 11h na Cidade da Polícia, na zona norte carioca. A coletiva contará com as participações de Antenor Lopes (diretor de polícia da capital), Henrique Damasceno (delegado da 16ª DP, responsável pela investigação), Danilo Marques (diretor do Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica) e do promotor Marcos Kac.

Monique Medeiros é presa pela morte do filho, Henry

Procurada, a defesa do engenheiro Leniel Borel, pai de Henry, se posicionou sobre a prisão. “O Leniel não tem condições de falar, está chorando bastante. Daqui a pouco, a gente vai se pronunciar”, disse o advogado Leonardo Barreto.
 

Casal não compareceu à reconstituição do crime

O casal, que não compareceu à reconstituição do crime feita na semana passada no apartamento de Dr. Jairinho, passou a ser tratado como investigado pela morte de Henry desde segunda-feira (5). A defesa alegou que ambos estavam abalados emocionalmente para justificar a ausência na reprodução simulada.

A Polícia Civil levou em consideração as versões apresentadas por Jairinho e Monique —de que o menino teria caído da cama. Os agentes analisaram algumas possíveis quedas sofridas por Henry: a partir da escrivaninha que fica ao lado da cama do casal, da poltrona, um salto da cama para o chão ou uma queda da própria altura.

O laudo de necropsia de Henry aponta que a criança sofreu “múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores”, “infiltração hemorrágica” na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, “grande quantidade de sangue no abdômen”, “contusão no rim” e “trauma com contusão pulmonar”.

Entenda o caso

Henry Borel, de 4 anos, havia passado o final de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida. Por volta das 19h, ele deixou a criança no condomínio onde morava a mãe do menino, Monique Medeiros, que havia se mudado para viver com o novo namorado, o vereador Dr. Jairinho, com quem começou um relacionamento em outubro de 2020.

Câmeras de segurança registraram a chegada do garoto, sem nenhum problema de saúde aparente.

De acordo com as investigações, na madrugada do dia 8, Jairinho e Monique levaram o menino ao Hospital Barra D’Or, na Barra da Tijuca, onde relataram que a criança apresentava dificuldade respiratória. O casal então ligou para o pai do garoto para relatar o ocorrido.

Leniel foi, então, até a unidade de saúde e encontrou os médicos tentando reanimar a criança. Orientado pelos profissionais do hospital, o pai do menino abriu uma ocorrência na 16ª DP para entender o que aconteceu com o filho. A morte do menino ocorreu ainda no dia 8.

O laudo da necropsia de Henry indicou sinais de violência e a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente.

UOL

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