DF: Ele é suspeito de ter auxiliado senadores a driblar investigações da Lava Jato
O chefe da polícia do Senado, Pedro Ricado Carvalho, começou a prestar depoimento nesta segunda-feira (24) na superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Ele foi preso na última sexta-feira (21), junto com outros três policiais legislativos, suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações.
A PF investiga as varreduras que o grupo fazia nas casas dos políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.
Carvalho já havia prestado depoimento na sexta-feira, mas não admitiu ter cometido irregularidades, e os investigadores consideraram que deu poucas informações. Por isso foi ouvido novamente.
Os outros três policiais legislativos, Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares, que também já prestaram depoimento na sexta-feira, foram liberados. Eles deixaram a carceragem da PF em Brasília porque, para os investigadores, colaboraram e prestaram depoimentos considerados proveitosos.
Na decisão que autorizou a operação no Senado, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira apontou Pedro Carvalho como “principal responsável” e afirmou que ele “exerce a liderança da associação criminosa”.
Políticos
A operação que prendeu os policiais, chamada de Métis, se baseou no depoimento de um policial legislativo. Ele relatou ao Ministério Público Federal que o chefe da polícia do Senado teria realizado medidas de contrainteligência nos gabinetes e residências dos senadores Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e dos ex-senadores José Sarney (PMDB-AP) e Edison Lobão Filho (PMDB-MA), que foi presidente do Senado.
O advogado de Sarney e Lobão Filho, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que não houve irregularidades cometidas pelo políticos. Em nota divulgada no Facebook, a assessoria de Collor negou que ele tenha se beneficiado irregularmente de qualquer serviço da polícia legislativa. A senadora Gleisi Hoffmann disse que fez “formalmente” à polícia legislativa pedido de varredura nas casas dela em Curitiba e Brasília (leia mais abaixo as versões dos senadores).
G1
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