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Baleado, delegado volta ao local de ataque para buscar imagens em SP

por Editoria Delegados
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O delegado da Polícia Civil Diogo Dias Zamuti Júnior, baleado no ombro na noite desta terça-feira no bairro da Penha, zona leste de São Paulo, voltou ao local do ataque horas depois de sair do pronto-socorro do Tatuapé para procurar filmagens que mostrassem o momento da troca de tiros, segundo moradores do bairro que não quiseram se identificar.

 

Júnior foi atingido por um tiro por volta das 22h de ontem, depois de deixar o 57º Distrito Policial, localizado na Mooca, onde é delegado. Apesar de ainda estar ferido e com um curativo no ombro, ele foi ao local onde acredita ter sido atacado, cerca de 7h da manhã de hoje, para pedir as imagens das câmaras da rua aos moradores e comerciantes.

 

De acordo com algumas pessoas ouvidas pela reportagem, o delegado chegou de táxi na rua Loanda e ainda estava com um curativo, onde ainda era possível ver manchas de sangue. Ele teria pedido para ver as imagens da câmera de uma das empresas que fica na rua. Mas, segundo alguns moradores que assistiram ao vídeo, as imagens não mostram a moto e nem o atirador.

 

Outro morador, que pediu para ter o nome preservado, disse que uma criança afirmou ter ouvidos alguns disparos que pareciam partir de dentro do carro do delegado na noite de ontem. A reportagem do Terra entrevistava moradores da região quando uma nova viatura da Polícia Civil apareceu para tentar conseguir mais imagens de câmeras de segurança.

 

Mesmo ferido, o delegado conseguiu chegar ao 3ª Companhia do 51º Batalhão da PM, na avenida Aírton Pretini. Testemunhas contam que o delegado não conseguiu nem sair do carro quando chegou o posto da polícia. Ao abrir a porta, ele teria tombado na frente do local, onde também funciona o 10º Distrito Policial da Penha. A polícia faz ronda na região para tentar encontrar os criminosos, um deles teria sido baleado pelo delegado.

 

Ainda que o ataque tenha acontecido mesmo na rua Loanda, poucos moradores testemunharam a troca de tiros por conta da violência no local. Alguns donos de estabelecimentos reclamaram da quantidade de usuários de drogas na rua e disseram que poucas pessoas da região transitam pela via depois que anoitece.

 

Onda de violência

Desde o início do ano, ao menos 90 policiais foram assassinados no Estado. Desse total, 18 eram aposentados e três estavam em serviço. Além disso, o Estado continua a enfrentar um grande índice de violência. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, só na capital houve um crescimento de 102,82% no número de pessoas vítimas de homicídio no mês de setembro, em comparação ao mesmo período do ano passado. Em todo o Estado, a alta foi de 26,71% no mesmo período.

 

terra

 

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