Entidades de delegados e de militares criticam PEC da Segurança Pública

Associações e federações da área de segurança assinaram nesta sexta-feira (1º) uma carta conjunta de repúdio à PEC (proposta de emenda à Constituição) da Segurança Pública, apresentada pelo governo federal na quinta (31). No documento, seis instituições afirmam que o país não precisa do projeto, que centraliza no governo federal diretrizes para gestão da segurança […]

Por Editoria Delegados

Associações e federações da área de segurança assinaram nesta sexta-feira (1º) uma carta conjunta de repúdio à PEC (proposta de emenda à Constituição) da Segurança Pública, apresentada pelo governo federal na quinta (31).

No documento, seis instituições afirmam que o país não precisa do projeto, que centraliza no governo federal diretrizes para gestão da segurança a serem cumpridas pelos estados. O texto também diz que o sistema atual tem mecanismos suficientes para lidar com o crime organizado.

Para as entidades, o ordenamento jurídico brasileiro já contempla muitas ferramentas de enfrentamento efetivo à criminalidade organizada, e citam como exemplo a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis e o Susp (Sistema Único de Segurança Pública).

O Susp, de 2018, é o principal alvo das mudanças previstas pela proposta. O objetivo do ministro Ricardo Lewandowski é transformá-lo em uma espécie de SUS. Dessa forma, o governo federal estabeleceria uma política nacional e diretrizes, legislando sobre normas gerais de segurança pública.

Na proposta, os estados também podem fazer leis sobre o tema, mas que não se sobreponham às nacionais. A PEC foi questionada por alguns governadores, que apresentaram propostas como a estadualização das leis penais.

O texto da PEC é um anteprojeto, porque ainda pode ser modificado ao longo das discussões, antes de ser enviado ao Congresso.

Para as entidades, a discussão é “inadequada e desnecessária”. O documento é assinado pela Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil), Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), ANERMB (Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares), Fenappi (Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação) e outras duas entidades.

“Inadequada porque a proposta não foi amplamente debatida com as forças de segurança pública e as associações que representam seus integrantes. Inadequada porque o enfrentamento da criminalidade organizada demanda solução dialogada, estudada e amparada em dados quantitativos e qualitativos que permitam a construção de um modelo tangível e robusto, que possibilite uma atuação concertada em todos os níveis de atuação – federal, estadual e municipal”, diz trecho do documento.

Os representantes sugerem que há medidas mais simples do que uma PEC e que poderiam trazer mais eficiência ao enfrentamento da criminalidade organizada, como a integração e a unificação de bancos de dados para as forças de segurança e protocolos de atuação conjunta dos órgãos.

Na lista de medidas, as entidades também incluem ações de capacitação e treinamento que envolvam integrantes de órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Corpos de Bombeiros e militares, entre outros. Texto também cita o uso de recursos tecnológicos que permitam investigações mais eficientes e padronização e unificação dos dados estatísticos sobre crimes.

“A redução dos índices de criminalidade não é alcançada com mudanças constitucionais, mas com soluções construídas pelo diálogo entre os entes federativos e órgãos envolvidos. Suprimindo lacunas e corrigindo deficiências paulatinamente detectadas por meio de um processo transparente e participativo”, afirmam.

Quem assina a carta

  • Adepol do Brasil (Associação dos Delegados de Polícia do Brasil)
  • ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal)
  • ANERMB (Associação Nacional das Entidades Representativas dos Militares
  • Brasileiros)
  • Fenadepol (Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal)
  • Feneme (Federação Nacional das Entidades Militares Estaduais)
  • Fenappi (Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação)

Medidas que as Entidades de Classes Policiais podem adotar

Para que as entidades de classes dos policiais não sejam prejudicadas e possam promover melhorias na carreira policial em relação à PEC da Segurança Pública, elas devem adotar estratégias bem estruturadas e proativas. Aqui estão algumas recomendações práticas:

Conteúdo exclusivo para assinantes! Faça login para acessar o conteúdo completo ou clique AQUI e assine já!

 

Clique na caixa "Não sou um robô"

DELEGADOS
Portal Nacional dos Delegados

Veja mais

Ministério Público e Segurança Pública da PB formalizam cooperação técnica para otimizar combate ao crime organizado

(PB) O objetivo é combater de forma mais efetiva a macrocriminalidade e executar serviços de inteligência e segurança institucional

Standards Probatórios e Informativos no Seio do Crime Organizado (Organização Criminosa)

Standards probatórios e informativos nos crimes de extorsão dentre outras infrações penais envolvendo crime organizado (organização criminosa)

Fórum RESISTE-PCSP promoverá ação que vai marcar a história dos policiais civis

O Fórum RESISTE-PCSP reafirma seu compromisso com a modernização e o fortalecimento institucional, colocando-se à disposição da sociedade e do Poder Executivo para a elaboração da nova Lei Orgânica estadual.

Governo do Piauí devolve mais de 180 celulares roubados aos verdadeiros donos; mais de 13 mil recuperados

(PI) Iniciativa é resultado do trabalho da Superintendência de Operações Integradas (SOI), que tem intensificado o combate ao crime e a restituição de bens aos proprietários

Adepol do Paraná participa de evento nacional de combate ao crime organizado

(PR) O Presidente da Associação, Dr. Adriano Chohfi, destaca que foi uma honra receber as autoridades na sede da associação

Adepol do Paraná apresenta nota em defesa do promotor Amauri Filho

(PR) Audacioso planejamento de ataque a vida do promotor, através de uma possível emboscada, orquestrado por organização criminosa

Polícias brasileiras estão entre as mais eficazes do mundo, segundo pesquisa da Adepol do Brasil

Estudo revela altos índices de resolutividade em inquéritos nas polícias civis dos 26 estados e do Distrito Federal entre 2023 e 2024
Veja mais

Guarda Municipal mata ex-esposa GCM e vereador no Piauí; é preso três horas depois

28AGO25-PI-GCM-EX-ESPOSA-VEREADOR
(PI) Polícia Civil investiga o caso; assassino foi preso em flagrante após tentativa de fuga em Teresina

Diretor da PF diz que “interesses desconhecidos” estão por trás de agência antimáfia

Diretor da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues
Segundo Rodrigues, a ideia de uma nova estrutura é desnecessária, uma vez que a função já é cumprida pela instituição.

“Traficante que vier ao Paraná será preso e ainda vai ajudar a renovar a frota de viaturas”, avisam delegados

(PR) Delegados adotam linha dura contra o tráfico. Medida é exemplo de enfrentamento ao crime organizado. A apreensão e posterior utilização dos veículos pelo aparato policial têm se tornado símbolo

Veja como os delegados de polícia analisam ocorrências e tomam decisões

Um dos maiores desafios enfrentados pelos delegados está na transposição do conhecimento teórico para os casos concretos, especialmente diante da necessidade de decisões rápidas impostas pelos prazos processuais e pela

Delegados de São Paulo reagem após governador prorrogar discussão de Lei Orgânica

(SP) Tarcísio posterga prazo para grupo responsável por discutir diretrizes da Lei Orgânica da Polícia Civil. Entidade solicita audiência para compreender decisão

Delegada Raquel Gallinati prende em flagrante homem que perseguia ex-companheira em academia de São Paulo

(SP) Raquel Gallinati, diretora da Adepol do Brasil, interveio ao presenciar vítima em desespero em uma unidade de CrossFit em Perdizes

Piauí investe em segurança pública e nomeia mais 654 policiais militares

(PI) Governador Rafael oficializa a incorporação de 654 novos soldados à Polícia Militar do Piauí
Veja mais

Não é possível copiar este conteúdo.