Curitiba (PR) – Delegados de Polícia Civil do Estado do Paraná adotam uma postura incisiva no combate ao tráfico de entorpecentes, enviando um recado direto e sem rodeios aos integrantes de facções criminosas: traficantes que se aventurarem no território paranaense serão presos e terão seus bens confiscados, especialmente veículos de alto padrão e esportivos. A medida vem sendo tratada como um modelo de política pública de segurança e despertado interesse de outros estados.
Em declarações recentes, Delegados da Polícia Civil Tathiana Guzella e Tito Barrichello reforçaram a aplicação rigorosa da legislação penal e patrimonial. “Quem vier traficar no Paraná será preso e perderá tudo. Carro de luxo aqui vira viatura”, afirmaram os delegados, destacando que o confisco de bens adquiridos com recursos ilícitos é uma prioridade estratégica. A apreensão e posterior utilização dos veículos pelo aparato policial têm se tornado símbolo da força-tarefa estadual.
Nos últimos meses, operações realizadas em diversas regiões do estado resultaram na apreensão de uma série de automóveis importados como camaro, BMW, motocicletas de alta cilindrada, imóveis de elevado valor e contas bancárias bloqueadas. Os bens, conforme apontado pelos delegados, eram adquiridos com lucros provenientes do narcotráfico e usados como instrumentos de ostentação por parte dos criminosos.
Além da repressão ostensiva, o modelo paranaense aposta na desarticulação financeira das organizações criminosas, enfraquecendo sua base econômica e operacional. A aplicação da Lei de Lavagem de Dinheiro tem sido intensificada, permitindo que a polícia e o Ministério Público avancem na identificação e sequestro de patrimônios suspeitos.
Especialistas em segurança pública e juristas destacam o êxito da estratégia como uma alternativa eficaz para conter o avanço do tráfico, sobretudo em áreas urbanas e fronteiriças. O Paraná, por sua posição geográfica estratégica, tem enfrentado desafios específicos no enfrentamento às rotas internacionais de drogas, especialmente aquelas provenientes do Paraguai.
O modelo implementado no Paraná tem sido analisado por gestores de segurança de outros estados como um exemplo a ser replicado nacionalmente, sobretudo em contextos onde o tráfico de drogas avança sobre territórios vulneráveis e promove escaladas de violência.
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