‘Operação Lotos’ cumpriu quatro mandados de busca em Tambaú, Centro e no Ernani Sátiro.
Cerca de 60 pessoas são levadas para depor na Central de Polícia de João Pessoa por investigação da operação ‘Lótus’ (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Cerca de 60 pessoas foram levadas à Central de Polícia em João Pessoa para depor sobre jogos de azar, na tarde desta sexta-feira (1º). A operação “Lotos” cumpriu quatro mandados de busca em Tambaú, no Ernani Sátiro e no Centro da capital, em “casas de exploração de jogo de azar”. A investigação da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) durou três meses, de acordo com o delegado Lucas Sá.
“Viemos na sexta-feira à tarde porque fomos informados que é o momento de maior movimentação na casa”, disse Lucas Sá. Ao todo, 48 pessoas foram autuadas. Foi necessário um ônibus da Polícia Civil para levar os envolvidos à central.
O delegado informou que há denúncias de que a corrupção de policiais facilita a operação dos jogos de azar. Equipamentos eletrônicos e documentos da contabilidade da “casa de azar” do Centro foram apreendidos e vão passar por processo de análise.
“Os apostadores chegam a comprometer até 80% da sua renda nas apostas, como pudemos ver hoje”, afirma Lucas.
Os envolvidos na exploração de jogos de azar vão responder por lavagem de dinheiro, associação criminosa, além da contravenção penal de estabelecer ou explorar jogo de azar. O nome “Lotos” – que titula a operação – é usado como gíria pelas pessoas do meio, se referindo aos jogos de azar, assim como é o nome de uma planta alucinógena que faz com que os usuários percam a noção.
Equipamentos eletrônicos e documentos de contabilidade foram apreendidos de ‘casa de exploração de jogo de azar’ no Centro de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)