Início » Universitária admite que inventou história de estupro no RS, diz delegada

Universitária admite que inventou história de estupro no RS, diz delegada

por Editoria Delegados

RS: Delegada da Mulher, Tatiana Bastos 

O estupro de uma universitária de 19 anos em Porto Alegre (RS), no final de maio, foi uma farsa. A conclusão é da Delegacia da Mulher da capital, que confrontou a jovem que fez a denúncia da suposta agressão nas redes sociais.

 

A delegada Tatiana Bastos afirmou nesta quinta-feira (9) que, em novo depoimento, a suposta vítima, uma universitária de 19 anos, admitiu a farsa e que foi tudo uma invenção. Ela foi indiciada por falsa comunicação de crime (em caso de condenação, estará sujeita a multa e a uma pena que varia de 1 a 6 meses de detenção). A motivação para a história não foi revelada e o nome da moça não foi divulgado.

 

A denúncia fez com a que a Delegacia da Mulher fosse mobilizada, inclusive com a divulgação de um retrato falado do estuprador inexistente – um homem, parecido com o rosto desenhado, acabou confundido e agredido dias depois.

O relato de estupro foi compartilhado milhares de vezes pelo Facebook. A estudante dizia que tinha sido observada por um homem dentro de um ônibus da linha T1 e que, ao desembarcar, foi perseguida, rendida e levada a uma praça no bairro Jardim do Salso. No local, ela teria sido agredida e abusada. O suposto agressor, um homem alto, magro e careca, teria fugido ao ver a aproximação de estranhos.

A partir deste depoimento, dezenas de testemunhas afirmaram ter visto o suspeito com as características descritas em ao menos outros dois bairros da cidade, de acordo com a Polícia Civil. No dia 1º de junho, o IGP (Instituto Geral de Perícias) divulgou um retrato falado feito pela universitária.

Um dia depois, na quinta-feira (2) à noite, um homem foi espancado e esfaqueado por populares depois de ser confundido com o suspeito de estupro. A tentativa de linchamento aconteceu no bairro Jardim do Salso – na mesma região do suposto estupro.

 

A vítima foi hospitalizada com diversos ferimentos, e permanece internada. Na ocasião, a universitária não reconheceu o homem agredido com o autor do abuso. “Não foi a primeira pessoa confundida com o suposto estuprador. Um inocente foi agredido”, afirmou a delegada Tatiana Bastos, que investigou o suposto estupro.

 

Os policiais começaram a desconfiar da denúncia quando as imagens da câmara de segurança do ônibus foram analisadas. Segundo os investigadores, ao contrário do que afirmou a jovem, ela desceu sozinha do veículo. A mulher foi encaminhada para perícia psicológica.

 

UOL

 

DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social & Portal Nacional dos Delegados

 

 

 

 

 

você pode gostar