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Um mês depois, ainda não há suspeitos do assassinato da menina Kenefer

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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RIO GRANDE DO SUL
Um mês depois, ainda não há suspeitos
Assassinato da menina Kenefer

RIO GRANDE DO SUL

Valdeci Maria de Jesus, mãe de Kenefer, só teve coragem de lavar as roupas da filha neste domingo.

Para a mãe, mexer nos objetos da menina é dolorido – Maurício Vieira

{loadposition adsensenoticia}Há um mês a Polícia Civil procura o homem que esganou, estuprou e deixou Kenefer Maria Guimarães, sete anos, pendurada pelo pescoço no alambrado de um campo de futebol até a menina morrer. O crime abalou Criciúma, no Sul de Santa Catarina.

Detalhes, como saber que a criança agonizou por 10 minutos, chocaram. A brutalidade fez a investigação se tornar prioridade absoluta na Central de Polícia da cidade.

Todos os agentes foram mobilizados, mas o esforço não surtiu efeito. Até agora, o número de suspeitos é o mesmo de 1º de maio, data do crime: nenhum.

O que mudou foi a disposição da Polícia Civil de Criciúma para esclarecer o assassinato. Hoje, apenas a equipe do delegado responsável pelo caso, Vitor Bianco, trabalha no caso. Ainda assim, não de maneira exclusiva. Bianco se recusa a conceder entrevistas. Alega que pode atrapalhar a investigação.

Abaixo, estão algumas perguntas respondidas pelo delegado Regional de Criciúma, Jorge Koch, e o responsável pela Central de Polícia, Juarez Medeiros.

Por que o estupro seguido de homicídio de Kenefer ainda não foi resolvido?
É um caso de difícil solução, disse Koch. A informação que tínhamos era de um homem de capacete que raptou uma menina e que o corpo foi encontrado pendurado no alambrado de um campo de futebol.

Como a cúpula da Polícia Civil de Criciúma classifica a investigação?
Estamos satisfeitos, afirma Koch. Foram levantadas informações sobre parentes, vizinhos e amigos, suspeitos nos casos de crimes contra crianças. Juarez Medeiros diz que tudo que podia ser feito foi feito. A polícia aguarda os resultados do trabalho.

Passados 30 dias não há suspeitos. A demora é normal?
Segundo o delegado Koch, a investigação é bastante complicada. O caso pode demorar meses, anos para ser solucionado ou ficar insolúvel.

É possível projetar um prazo para resolver o assassinato?
Sem previsão e sem garantia que será resolvido, declara Koch.

O número de investigadores caiu para três. O crime deixou de ser prioridade?
Não deixou de ser prioridade. O caso é acompanhado pela equipe do delegado Vitor, que trata o caso como pessoal. Se for preciso, outros agentes podem ser acionados, diz Koch.

Considerar a solução de um crime questão pessoal não pode atrapalhar?
Koch não acredita que encarar desta forma vai prejudicar o trabalho.

Um mês sem resultados não faz pensar em pedir ajuda à Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) ou o serviço de Inteligência, reforços oferecidos pela chefia de Polícia Civil?
Para os delegados, não há necessidade e os agentes não conhecem Criciúma. A cidade tem equipes qualificadas e o índice de solução dos crimes é alto.

A Polícia Civil considera que a família e a sociedade estão satisfeitas com a investigação?
Não, diz Koch por se tratar de um crime hediondo, bárbaro. Ainda mais porque não aparecem resultados.

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