O edital publicado pelo Governo do Estado de Minas Gerais para a realização de concurso público que selecionará 54 novos delegados de polícia, segundo os atuais ocupantes do cargo, virou chacota nacional.
O edital traz como condição que o candidato comprove o exercício da advocacia por, no mínimo, três anos. Até aí tudo bem. O problema está no vencimento oferecido: R$ 14.931,31 brutos, o que virará R$ 11 mil, fácil. Isso vai de encontro a realidade atual da maioria dos estados do Brasil que já pagam dignamente seus delegados com valores em média de R$ 32 mil líquidos.
O IBGE já publicou a lista dos estados mais ricos do Brasil, e Minas é o terceiro estado mais rico do país, com PIB de R$ 857 bilhões, o que não justifica remunerar seus delegados de polícia dessa forma.
Delegados de Minas garantem que haverá inscritos, muitos farão as provas, serão aprovados e até serão nomeados. Dois problemas são previstos, depois que estiverem no cargo: ou buscarão outras formas de obter recursos ou não ficarão no cargo por mais de dois anos. Esse é o menor valor de remuneração da categoria em todo país.
Desrespeito com a população mineira que possui excelentes delegados de Polícia Civil, mas recebem três vezes menos que um delegado deveria receber. Minas oferece um ‘salário’ incompatível com a importância, dignidade e responsabilidade do cargo de delegado de polícia, muito aquém das remunerações dos demais estados do Brasil.
Espera-se que o governo de Minas atualize o quanto antes a remuneração de seus delegados de polícia, pelo menos, conforme a média nacional, sob o risco de ocorrer o aumento do êxodo dos delegados de polícia, o que deixará fragilizada a segurança pública de todo o estado.
Da Redação e da Coluna de Luis Tito, O Tempo
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