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Salvador sem delegados no domingo

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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BAHIA
Salvador sem delegados no domingo

DPs sem autoridades

BAHIA

{loadposition adsensenoticia}A reportagem da Tribuna fez uma ronda em oito delegacias na manhã de ontem e foi surpreendida com o que viu: em cinco destas unidades policiais (Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), Homícidios, Barris, Boca do Rio e Pau da Lima) não havia um único delegado de plantão. O número equivale a 62,75% do total. Na Barra (14ª CP), Pituba e na Delegacia de Tóxico e Entorpecentes (DTE) havia um plantonista trabalhando, sendo que, na Barra, a delegada Vânia Matos estendeu a sua jornada a pedido de uma colega, a delegada Nívea Argolo, que se atrasou.

De um modo geral, o movimento nas unidades estava tranquilo. Na DRFRV, contudo, Maílson de Souza Saldanha chegou às 8h45 e teve que esperar um delegado chegar para conseguir homologar a ocorreência e a guia para o exame de corpo de delito. Na véspera, em Coutos, a vítima foi baleada por dois homens que lhe roubaram a moto. A reportagem retornou às 10h15 a esta delegacia. O motociclista foi atendido. Perguntado sobre o delegado plantonista, Geraldo Roberto, agentes afirmaram que ele se encontrava na sala onde trabalha, mas não concederia entrevista.

Já na unidade de repressão a homicídios, a informação dada foi de que a titular, Francineide Moura, tinha concluído sua jornada às 7h e sua substituta – delegada Maria Andrade – estaria numa diligência. “Aqui na Barra somos quatro delegados, justamente para não deixar faltar. Aqui sai um, entra outro (delegado)”, afirmou a delegada Vânia Matos. Na 1ª, o delegado plantonista Clóvis Lima não foi encontrado.

O delegado da Polícia Civil baiana trabalha em regime de jornada de 12 horas para folga de 24 horas. Por exemplo: depois de um plantão de 8 horas às 20 horas, o delegado volta ao batente às 20 horas do dia seguinte. Na DTE e na delegacia da Pituba (16ª), os delegados André Garcia e Roberto César de Souza Nunes atenderam a reportagem, confirmando assim suas presenças no local de trabalho.

Na 9ª Delegacia, na Boca do Rio, policiais que se encontravam de plantão admitiram que o normal naquela unidade é não ter delegado de plantão, que, segundo um policial que não quis se identificar, “só trabalham em horário administrativo”.

Ocorrências são registradas pelos agentes, que em caso de emergência, solicitam o plantão da Delegacia Metropolitana. Já na 10ª Delegacia, em Pau da Lima, os agentes afirmaram que a viatura já tinha ido buscar o delegado plantonista, Antônio Cardoso Júnior. A reportagem esteve na unidade policial por volta das 10 horas.

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