SÃO PAULO
Preso por engano diz querer desculpas
Policiais revistaram toda a residência
SÃO PAULO
{loadposition adsensenoticia}O funcionário público que passou o fim de semana na cadeia suspeito de balear alunos da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na quarta passada foi inocentado e solto, e agora quer que a polícia peça desculpas pelo erro. Há três dias, ele era o principal suspeito do crime. Nesta segunda-feira, a vida de Dino Fernando Peporini, de 28 anos, começa a voltar ao normal, mas ele não vai esquecer como foi acordado na última sexta-feira.
“De repente, já estavam com uma arma na minha cara, dizendo que eu estava preso. Começaram a revirar tudo, perguntando onde estava o revólver”, diz. Os policiais ficaram pelo menos duas horas na casa da família. Revistaram todos os cômodos, estavam à procura de uma arma. Não encontraram. Peporini foi levado algemado para a delegacia.
“Ele foi colocado para fora de casa no meio de toda a vizinhança, descalço, sem camisa, como se fosse realmente um meliante”, diz Selma de Toledo, madrinha de Peporini.
Ele é formado em ciência da computação, funcionário público municipal. Adora computador e videogame. Mora com a mãe e paga um consórcio para comprar uma casa com a noiva.
O ferimento na perna não era de tiro, como os investigadores suspeitaram. O rapaz teve que passar por uma cirurgia depois que se machucou no futebol.
Tudo isso Peporini contou na delegacia, mas uma testemunha disse à polícia que viu o rapaz armado em uma moto na noite do crime, quando ele não saiu de casa. “Gostaria que a polícia se retratasse comigo, pelos dias que eu fiquei preso, pelo constrangimento que eu passei, esse tipo de coisa. Acho que antes de você prender uma pessoa, é preciso que a investigação tenha fatos concretos”, afirma.
O delegado Kleber Altale diz que a polícia agiu dentro da legalidade e que tinha motivos para suspeitar e pedir a prisão temporária de Peporini.
G1
DELEGADOS.com.br
Revista da Defesa Social
Portal Nacional dos Delegados