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Presidente da Adepol do Brasil palestra no IX Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal

Rodolfo Queiroz Laterza, foi um dos palestrantes do IX Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, realizado pela ADPF

por Editoria Delegados

O presidente da Adepol do Brasil, Rodolfo Queiroz Laterza, foi um dos palestrantes do IX Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, realizado pela ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal ) entre os dias 11 e 14 de novembro de 2024, em Trancoso, na Bahia.

Durante o evento, Laterza participou de painel parlamentar ao lado do Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e presidente do CONSESP, Sandro Avelar, e do Deputado Federal Marcelo Freitas, ambos Delegados da Polícia Federal. A mediação ficou a cargo do presidente da ADPF, Luciano Leiro.

Com uma programação técnico-jurídica, o congresso reuniu autoridades e especialistas de todo o país para debater atualizações legislativas e as prerrogativas dos delegados de polícia, fortalecendo o papel da polícia judiciária no contexto nacional.

A participação do presidente da Adepol do Brasil evidencia o compromisso da entidade em contribuir ativamente para os avanços da segurança pública e para a valorização da classe policial.

 

CARTA DO IX CONGRESSO NACIONAL DOS DELEGADOS DE POLÍCIA FEDERAL

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), reunida no maior evento de delegados federais da sua história, manifesta sua preocupação e repúdio quanto ao descaso do governo federal com a Polícia Federal, haja vista a sequência de decisões políticas que representam o enfraquecimento do órgão.

A PF vem enfrentando sucessivos contingenciamentos em seu orçamento, inclusive com limitações impostas pelo governo federal no projeto de orçamento de 2025, em valores expressivamente menores que a necessidade do órgão, o que afetará mais ainda o andamento de operações, a modernização de equipamentos e tecnologias e a manutenção da estrutura necessária para o desempenho de suas atividades. Além disso, a falta de investimento contínuo e a não recomposição do efetivo, por meio de concurso público, tem enfraquecido a capacidade de resposta da instituição. O fim do sobreaviso remunerado trouxe dificuldades adicionais para os delegados, afetando diretamente a disponibilidade e a prontidão de nossos profissionais, trazendo a indagação: a quem interessa desmantelar a PF?

O cenário atual dificulta a luta da PF contra o avanço das organizações e facções criminosas no Brasil e o enfrentamento aos crimes ambientais, exigindo o fortalecimento e a garantia de funcionamento pleno da Polícia Judiciária da União.

A Proposta de Emenda à Constituição denominada PEC da Segurança, apresentada pelo Governo Federal sem qualquer diálogo e consulta prévia às forças de segurança traz preocupação e deixa em alerta toda a categoria. O texto proposto não traz absolutamente nenhum incremento da capacidade de resposta da Polícia Federal no enfrentamento à criminalidade e não atende às reais necessidades dos órgãos de segurança pública.

Para a ADPF, medidas paliativas e alterações legislativas desalinhadas com a realidade da segurança pública apenas agravam a situação, funcionando como uma cortina de fumaça que desestabiliza e prejudica o bom funcionamento das

instituições responsáveis pela segurança no país, ensejando disputas desnecessárias e afastadas dos objetivos constitucionais.

Por fim, a ADPF reafirma o compromisso dos delegados federais com a busca incessante pela melhoria das condições de trabalho, pela defesa das prerrogativas da categoria e pelo fortalecimento da Polícia Federal enquanto instituição essencial para a proteção da ordem e da justiça no Brasil.

Trancoso (BA), 13 de novembro de 2024

9º Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal

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