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Polícia Civil prende integrantes de bando que roubou banco em Maracanã

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

PARÁ
Polícia Civil prende integrantes de bando que roubou banco em Maracanã

PARÁ

A Polícia Civil do Pará apresentou, nesta sexta-feira (11), em entrevista coletiva a jornalistas, na sede do Complexo da Polícia Civil, em Belém, quatro dos seis presos acusados de integrar a quadrilha responsável pelo assalto contra a agência do Banco do Estado do Pará (Banpará), em Maracanã, nordeste do Estado. O crime aconteceu no último dia 27 de novembro. As prisões resultaram de investigações da equipe do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil de Castanhal, nos municípios de Igarapé-Açu, Marapanim, Maracanã, Santo Antônio do Tauá e Abaetetuba. Denominado de “Operação Avalanche”, o trabalho foi coordenado pelos delegados Alberto Teixeira, titular do GCCO; Samuelson Igaki e Ronaldo Lopes. A entrevista coletiva foi presidida pelo delegado Miguel Cunha, diretor de Polícia do Interior, da Polícia Civil do Pará.

As investigações receberam informações tanto coletadas pelos policiais quanto pelo serviço Disque-Denúncia, fone 181. Os presos apresentados são Nilson Carvalho de Souza, 42 anos, de apelido “Pato Rouco”; Enivaldo Batista Ferreira, 28, de apelido “Ninim” ou “Baixinho”; Denilson Palheta Costa, 29, conhecido por “Padeiro”, e Luís César Silva Monteiro, 26. As outras duas pessoas presas são Rosivane Rufino Santa Brígida, conhecida por “Rose”, e Silvana Matos da Silva, que estão no presídio Centro de Recuperação Feminino (CRF), em Ananindeua, Grande Belém. Durante as investigações, a equipe policial apreendeu oito armas de fogo – três fuzis, três escopetas calibre 12, uma metralhadora 9mm e um revólver calibre 38; dezenas de munições de calibres 12, 38 e 9mm; cerca de R$ 11 mil em dinheiro; dois carregadores de armamento; coletes balísticos; uma máscara tipo brucutu, e uma caixa de som usada para esconder o valor roubado.

O delegado Miguel Cunha explicou que as investigações foram iniciadas logo após o crime. Na ocasião, um grupo armado chegou ao Banpará de Maracanã efetuando disparos contra a porta giratória da agência e na viatura da Polícia Civil local, que se encontrava parada em frente ao banco. No decorrer do assalto, os bandidos mataram Romildo Ferreira Pamplona, pai de um estagiário que trabalhava no banco. Ele recebeu uma rajada de metralhadora que atingiu o tórax. Após o roubo, as investigações foram efetuadas pela Polícia Civil de Castanhal. Durante os levantamentos, a equipe do GCCO foi, inicialmente, ao município de Marapanim, na localidade de Ubussu. Nesse local, os policiais prenderam “Padeiro”, “Pato Rouco” e Denilson.

Eles são acusados de dar apoio logístico ao bando armado e encarregados de esconder as armas usadas no roubo. Ainda na localidade de Ubussu, o GCCO encontrou enterrados em um criatório de porcos cerca de mil reais em dinheiro roubado no assalto. O criatório fica aos fundos de uma casa que serviu de base operacional para a quadrilha na região. Nessa casa, os policiais prenderam Rosivane Rufino Santa Brígida. Ela foi identificada como a pessoa responsável em fornecer as informações necessárias para o assalto. Ouvida em depoimento, ela confessou a participação no crime e acrescentou ter sido encarregada de realizar levantamentos para ação do bando. “Ela ficou responsável em verificar a rotina do gerente do Banpará, assim como, o funcionamento do banco e o esquema de segurança, além das datas e horários de abastecimento de numerários por parte do carro-forte”, explicou o delegado Alberto Teixeira. As investigações foram aprofundadas e levaram à prisão de Silvana Matos da Silva, em Abaetetuba. Ela é companheira de “Ninim” e acusada de dar apoio logístico ao bando.

Disque 181 – Depois da prisão dela, os policiais foram até à localidade da Ilha do Bacuri, em Abaetetuba, onde foi preso Enivaldo Batista Ferreira, de apelidos “Baixinho” ou “Ninim”. Ele é apontado como mentor intelectual do assalto. Na casa dele, os policiais encontraram dentro de uma caixa amplificada de som, o valor de R$ 11 mil. O dinheiro foi roubado da agência do Banpará. “Ninim” é acusado de participar de outro assalto em Abaetetuba e de tentar, por duas vezes, sequestrar o gerente do Banpará de Maracanã. “Ele esteve em Maracanã, durante seis meses, para fazer levantamentos no banco”, explica o delegado Miguel Cunha. Ainda, conforme o policial, foi “Ninim” quem chegou ao banco efetuando disparos de metralhadora e também foi o autor dos tiros que levaram à morte o senhor Romildo Pamplona.

O delegado Alberto salienta que um homem preso em Belém, no último dia 30 de novembro, por policiais civis do GPM (Grupo de Polícia Metropolitana), sob comando do delegado Eder Mauro, de nome José Maria Ferreira dos Santos, o “Neto”, também participou do assalto. O delegado Alberto Teixeira salienta que o crime foi esclarecido com indícios suficientes de autoria do assalto com apreensões de parte do material bélico usado pelo bando, principalmente, armas longas com alto poder de fogo. “Com as apreensões, desmontamos parte da logística material da quadrinha que tem atuação na região nordeste do Pará. Contudo, resta capturar outros criminosos que participaram do crime”, salienta o delegado. Dois deles foram identificados apenas pelos apelidos de “Corujito” e “Márcio Xaropinho”. Há ainda de sete a oito mandados de prisão decretados pela Justiça para ser cumpridos contra integrantes do bando. Ele acrescenta que, para isso, a população pode ajudar repassando informações ao serviço Disque-Denúncia, número 181, como meio auxiliar as investigações.

Walrimar Santos | Polícia Civil do Pará

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