Início » PF descarta “armação” contra secretário preso com arma

PF descarta “armação” contra secretário preso com arma

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

MATO GROSSO
PF descarta “armação” contra secretário preso com arma

MATO GROSSO

O delegado federal Evandro Silva considerou “remota” a possibilidade de o secretário-adjunto de Assistência Social, José Rodrigues Rocha Junior, ter sido vítima de uma “armação” no Aeroporto Marechal Rondon, onde foi preso em flagrante por porte ilegal de arma, na terça-feira (2). Para o policial, no entanto, isso não pode ser considerado “impossível”.

A hipótese foi levantada pelo pai do secretário, José Rodrigues Rocha, que afirmou desconhecer a arma e que ela teria siso “plantada” na mala de seu filho. O secretário foi detido por policiais federais quando tentava embarcar para Brasília, com um revólver 357, com nove munições, de uso restrito das Forças Armadas.

Segundo Evandro Silva, do Serviço de Repressão a Entorpecentes da PF, que lavrou o flagrante e é responsável pelas investigações, a arma foi apreendida dentro de uma mala de mão, no momento em que o secretário passava pelo raio-x,  para adentrar à sala de embarque. Por ser uma mala de mão, a possibilidade de ter sido manipulada por outras pessoas é descartada, conforme o delegado.

Em entrevista ao Midianews, o delegado revelou que já solicitou a perícia do revólver, trabalho que está sendo feito pela própria PF. Ele também pediu informação junto ao Sistema Nacional do Registro de Arma (Sinarm), para checar se o revólver é registrado ou clandestino e qual sua origem. No flagrante, o secretário exerceu seu direito de permanecer em silêncio.

Evandro Silva destacou, ainda, que realiza as diligências necessárias e que, dentro de dez dias, deverá concluir o inquérito e encaminhá-lo para a Justiça, para as providências cabíveis.

José Rodrigues Júnior foi indiciado por porte ilegal de arma de uso restrito, cuja pena varia de três a seis anos de detenção.

O secretário chegou a ficar preso no 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, mas conseguiu na Justiça liberdade provisória, como prevê o artigo 310 do Código de Processo Penal. A decisão foi proferida pelo juiz da Vara de Execução Penal, Adilson Polegato.

Outro lado

O advogado de defesa do secretário, Huendel Rolim Wender, afirmou que não irá se pronunciar sobre o caso, uma vez que vai aguardar a conclusão do inquérito da Polícia Federal para definir sua estratégia de ação.

primeira mão

DELEGADOS.com.br
Portal Nacional dos Delegados
Revista da Defesa Social

você pode gostar

Deixe um comentário