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Padre suspeito de algemar ex-coroinha para fazer sexo é solto

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

RIO DE JANEIRO
Padre suspeito de algemar coroinha para fazer sexo é solto

RIO DE JANEIRO

{loadposition adsensenoticia}Quatro meses depois de ter sido preso, a Justiça do Rio determinou a soltura do padre polonês acusado de ter algemado um ex-coroinha para obrigá-lo a fazer sexo com ele. A decisão é da juíza Claudia Garcia Couto Mari, da 2ª Vara Criminal de Cascadura, no subúrbio do Rio.

No documento, ela revoga a prisão preventiva do religioso, que foi afastado da Igreja Católica após sua prisão. “Revogo a prisão preventiva, sob a condição de que o réu não poderá se mudar de residência ou sair do país sem prévia autorização judicial, e que deverá comparecer a todos os atos processuais”, diz um trecho da decisão.

Como foi

Segundo a denúncia do Ministério Público, o jovem era coroinha da igreja até 2006. No início de 2007, o adolescente foi procurado pelo padre com uma oferta de ajuda financeira para a família. Na saída, ele teria puxado o rapaz à força e o beijado. O passo seguinte do religioso, de acordo com o documento, teria sido o envio de mensagens de teor erótico via internet.

Ainda de acordo com o documento, o padre chamou o então adolescente à igreja e o algemou na cama da casa paroquial. Lá, ele teria despido o menor e praticado sexo oral, além de uma tentativa frustrada de penetração. No final, o pároco pôs dinheiro no bolso da vítima, exigiu segredo do acontecido e o coagiu, afirmando que já sabia as flores que depositaria em seu caixão caso a notícia viesse à tona.

“Botei o inimigo dentro de casa, pensando que meu filho estava bem amparado e estava pisando em cima de um campo minado sem saber”, desabafou a mãe da vítima, que pediu para não ser identificada.

“Ele frenquentava a minha casa e eu frequentava a casa paroquial. É muito difícil, muito dolorido mexer nisso tudo de novo. Ver a foto dele sendo preso não diminui a nossa dor, mas sabemos que a história toda só está começando agora”, contou ela, que descobriu o episódio cerca de um ano após ter acontecido, ao desconfiar do comportamento agressivo do filho e resolver entrar em sua caixa de emails.

‘Masmorra erótica’

No processo, consta que, via internet, o padre “descreve uma intensa vida sexual com outros”, “tudo levando a crer, até mesmo pelas suas preferências sexuais, que fossem outros jovens no meio religioso”. Na decisão, o magistrado afirma que o sacerdote fez da casa paroquial uma “masmorra erótica”.

“O indícios apontam o indiciado como uma pessoa compulsivamente ligada a sexo com adolescentes, demonstrando sua franca capacidade de usar da sua postura de padre para executar a ‘lavagem cerebral’. (…) No seio destas conversas o acusado arregimentava este rebanho de inocentes jovens para levá-los a sua Casa Paroquial, subestimando sua alta relevância espiritual para transformá-la numa espécie de ‘masmorra erótica’ onde submetia estes jovens, inclusive com emprego de algemas, as orgias descritas entre risos nas ‘conversinhas’ mantidas com seus amigos na internet. A liberdade do acusado põe em sério e concreto risco a garantia da ordem pública, em especial o bem estar da juventude religiosa que frequenta as igrejas”, diz o documento.

G1

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