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Noivo mata noiva, convidado e depois atira na testa durante casamento

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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PERNAMBUCO
Noivo mata noiva, padrinho e depois se suicida

Crise de ciúme

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{loadposition adsensenoticia}Uma cerimônia de casamento acabou numa tragédia na madrugada deste domingo num condomínio fechado, localizado no km 14 da estrada de Aldeia, Camaragibe. O assistente de vendas Rogério Damacena, 29 anos estava casando com Renata Alexandre da Silva, 25 anos, quando disparou vários tiros contra ela e um dos convidados, Marcelo Guimarães, de 40 anos, que seria chefe de Rogério. Renata e Marcelo morreram no local. Um dia antes da festa de matrimônio, o casal Rogério e Renata havia casado no civil.

Os tiros ainda feriram um outro convidado, que não teve o nome divulgado. Em seguida, Rogério atirou contra sua própria testa. Ele foi socorrido ao Hospital da Restauração, no Centro do Recife, em estado gravíssimo, no entanto durante a manhã deste domingo (19) ele foi declarado clinicamente morto, em função de morte cerebral. Os corpos de Renata Alexandre e Marcelo Guimarães estão no Instituto de Medicina Legal (IML) para posteriormente serem liberados.

De acordo com o delegado João Brito, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que está investigando o caso, Rogério teria anunciado momentos antes da tragédia, que no casamento teria “uma surpresa”. “Testemunhas disseram que ele chegou ao pátio onde estava sendo realizada a cerimônia, anunciando uma surpresa. Ainda não sabemos se ele já portava a arma ou se teria ido buscar no carro. Mas pela disposição dos corpos no local, podemos afirmar que a noiva ainda tentou fugir para se defender e ele atirou contra si”, detalhou, ao revelar que, por enquanto, não vai especular sobre os motivos do crime, já que todas as testemunhas estão em estado de choque e a investigação ainda está sendo iniciada.

Depoimento – Ainda hoje pela manhã, o pai de Rogério Damacena prestou depoimento do DHPP, mas não quis falar com a imprensa.

Sepultamento – Os velórios Marcelo Guimarães e de Renata Silva estão acontecendo no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, e Santo Amaro, no Recife, respectivamente. Os corpos deverão ser enterrados ainda no final da tarde deste domingo.

O delegado Igor Leite, do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), que investiga os crimes ocorridos durante uma festa de casamento em Aldeia, pretende ouvir hoje os seguranças e os funcionários do buffet. Na madrugada dio domingo, o noivo, Rogério Damascena, de 27 anos, assassinou a tiros a esposa , Renata Alexandre Costa Coelho, 25, e o padrinho do casamento Marcelo André Zloccowick, 40., gerente financeiro da empresa onde Rogério trabalhava como vendedor.

O delegado informou que não recebeu ainda as imagens das câmeras do local, mas adiantou que elas serão importantes para identificar quem estava dirigindo a caminhonete do pai de Rogério, onde a pistola teria sido guardada antes do duplo homicídio seguido de suicídio. De acordo com Hisbelo, as câmeras também filmam a rua em frente ao condomínio e podem mostrar se a arma foi colocada dentro do veículo momentos antes da entrada da caminhonete no local da festa. O veículo teria sido usado por Rogério naquele dia, nas ruas de Aldeia. À tarde, a caminhonete teria ficado na casa do pai de Roberto, que fica em frente ao condomínio, onde os noivos se trocaram. De acordo com Hisbelo, a caminhonete foi o último veículo a entrar no local do evento. O delegado afirmou que o pai de Rogério e outras pessoas ouvidas no domingo deverão ser ouvidas novamente. Ontem, foram oito depoimentos.

A família de Renata Coelho pode levar a polícia a identificar quem escondeu a pistola usada pelo noivo, Rogério Damascena. Segundo o advogado Hisbelo Oliveira, uma testemunha viu uma pessoa se aproximar do corpo do noivo logo após o suicídio, ir até a caminhonete do pai de Rogério e voltar, em seguida, para socorrê-lo. Depois disso, a arma não teria sido vista novamente. De acordo com Hisbelo, a tendência após um suicídio é de a arma permanecer na mão de quem atirou. O advogado disse que informou ao delegado responsável pelo caso, Igor Leite, o nome dessa pessoa. Hisbelo e o irmão de Renata, Roberto Guerra, deram a entender que a testemunha é um dos seguranças do condomínio.

Houve um momento em que a banda parou. Ele pediu que reiniciasse e sumiu por cinco minutos. Voltou atirando. Ele abraçou minha irmã por trás, deu um beijo e um tiro na orelha dela. Ele deu outro tiro, que acertou meu filho. Depois perseguiu o amigo (Marcelo). Deu três tiros. A vítima ajoelhou pedindo que ele não atirasse mais, ele atirou mais três vezes. Depois atirou na própria cabeça e caiu em cima do corpo do amigo”, contou Roberto. Segundo ele, Rogério teria dito uma semana antes a Renata que faria uma surpresa.

Fábio Gaudêncio – DIARIO DE PERNAMBUCO

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