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“Minha vontade é ficar em Blumenau”, diz delegado da DIC após destituição

por Editoria Delegados

SC: Egídio Ferrari, que atua na cidade há nove anos, contou que informado de sua saída na tarde desta sexta-feira (5)

O delegado Egídio Ferrari (imagem) não é mais o titular da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Blumenau e pode deixar a cidade. Ele mesmo confirmou a informação, que recebeu do delegado regional Rodrigo Marchetti na tarde desta sexta-feira (5).

Ferrari completou 10 anos de carreira na Polícia Civil no começo de 2021, dos quais nove foram trabalhados em Blumenau e região. A destituição, confessa, o deixou triste, mas não surpreendeu.

Ele acredita que um dos motivos é a repercussão gerada pela atuação contra maus-tratos a animais, que ganhou força desde o início deste ano e que, segundo ele, também foi proibido de atuar.

Voluntário da causa, ele passou a atuar em parceria com outros integrantes de movimentos da cidade e também como autoridade policial, nos casos em que havia crime.

“Nunca tinha sido feito de maneira tão enfática, e sobre isso também ouvi ‘a questão dos maus-tratos pode parar também, quem vai definir sobre isso aí sou eu”, relata.

Divergências

Segundo Ferrari, quando assumiu o lugar de Marchetti no comando regional em 2018, os dois conversaram e definiram juntos que o então delegado regional atuaria em Pomerode.

Desta vez, conta, esperava a mesma situação, mas conta que foi surpreendido pela forma que recebeu a notícia. “Faz duas semanas que trocou o comando da Delegacia Regional, o delegado que retornou (Rodrigo Marchetti) tem essa possibilidade de fazer ajustes, é natural, até porque em 2018 eu assumi no lugar dele e fiz alguns ajustes sem problema.

Com o retorno eu pensei ‘não devo permanecer na DIC’, estava até esperando, pedi para conversar com ele pois já tinha boatos, então ele me chamou ontem e me disse ‘Está fora da DIC. Eu disse: ‘Tranquilo, é natural, só queria ver outra delegacia em Blumenau’ e para minha surpresa ele disse ‘Em Blumenau tu não trabalha’”.

Ferrari diz que há uma possibilidade de atuar em Timbó, mas que não há nenhuma definição. Mesmo assim, ele afirma querer ficar em Blumenau.

“Não era a intenção criar briga, disputa, eu não queria essa confusão toda, a minha intenção, e eu fiquei triste por isso, por ter que deixar Blumenau dessa forma. Minha vontade é permanecer em alguma delegacia por aqui e não me proibir de atuar na causa animal”, conclui.

A reportagem entrou em contato com o delegado regional Rodrigo Marchetti, mas ele não atendeu as ligações e não respondeu as mensagens enviadas até o fechamento desta reportagem.

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