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Delegado Zuba: quase toda a polícia no caso

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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PARANÁ
Morte do delegado Zuba: quase toda a polícia está no caso

PARANÁ

 

 

 

 

 

{loadposition adsensenoticia}Com a justificativa de que os três suspeitos são traficantes armados e perigosos, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirma que a polícia de Santa Catarina e a Polícia Rodoviária Federal dão apoio às investigações e tentam localizar os criminosos, com ajuda de um helicóptero da Polícia Militar e de uma aeronave da PRF.

Boa parte da Polícia Civil paranaense foi destacada para as buscas, inclusive das divisões de furtos e repressão a entorpecentes. “Determinei ação imediata de toda a polícia, com apoio aéreo, para localizar, prender e entregar à Justiça esses marginais”, afirmou o secretário Aramis Linhares Serpa.

Na terça, o delegado Zuba e a equipe foram recebidos a tiros no camping no balneário de Carmery. Ele morreu na hora, com tiros de metralhadora e pistola. O funcionário Adilson Silva ficou gravemente ferido e morreu no início da tarde, em Paranaguá.

Duas investigadoras foram rendidas e ameaçadas de morte. Mas acabaram liberadas depois de terem as armas levadas pelos bandidos. Segundo o governo estadual, os policiais não tiveram tempo de sacar armas.

Um Honda Civic e um BMW com placas do Rio de Janeiro, que teriam sido utilizados na fuga dos criminosos, foram encontrados, horas depois, numa região de mata entre Matinhos e Pontal do Paraná, onde a polícia concentra as buscas pelos foragidos.

Polícia divulga retrato falado de três suspeitos de matar delegado

A Polícia Civil divulgou, nesta quarta-feira (25), o retrato falado de três suspeitos de envolvimento na morte do delegado José Antônio Zuba de Oliva, de 47 anos, e do funcionário público Adilson da Silva, de 42 anos, em Pontal do Paraná, no litoral. Um homem, foragido de uma cadeia em Niterói, foi preso na terça-feira. A força-tarefa montada pela polícia para investigar o caso realizou buscas em todo litoral paranaense, inclusive durante a madrugada, mas não houve mais prisões.

Segundo a polícia, três homens supostamente envolvidos no assassinato são foragidos do presídio Bangu 4, no Rio de Janeiro. Os foragidos foram identificados como Felipe “Tex”, Paulo “Tutancamon”, e Paulo “Ganchinho”. Além deles, as autoridades acreditam que outras quatro pessoas participaram do duplo homicídio.

Fuga e prisão

Horas depois do crime, a polícia encontrou dois carros usados pelos bandidos na fuga abandonados em uma casa de Matinhos. Os veículos, que tinham placas do Rio de Janeiro, eram um Honda Civic, placa LBS-1131, e um BMW preto, KMZ-8103. Na mesma região, a polícia prendeu o o suspeito Francisco Diego Vidal Coutinho, de 20 anos. “Acreditamos que eles tinham um plano de fuga, talvez contassem com alguma ajuda para a fuga, mas esse rapaz se descuidou e acabou sendo preso”, diz o delegado-chefe do Litoral, José Sudário da Silva.

Barreiras também foram montadas em todas as saídas do Litoral do estado, onde os veículos eram revistados.

Segundo o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) Hamilton da Paz, o suspeito Francisco Diego Vidal Coutinho já foi transferido e está sendo encaminhado para o Centro de Triagem de Piraquara. Coutinho era foragido do 63.º Distrito Policial de Niterói.

A partir desta quarta-feira (25), o delegado Rodrigo Brown, do Cope, deve assumir as investigações. Segundo o delegado Sudário, a infra-estrutura da polícia do Litoral é reduzida, se comparada a da capital.

Crime

O delegado Zuba e o servidor Adilson da Silva foram mortos durante uma abordagem realizada em um camping de Pontal do Paraná, localizado no balneário Carmery. Os dois, acompanhados das investigadoras Luiza Helena Santos e Noeli de Fátima Avine, foram até o local depois de receberem uma denúncia de que homens armados estavam no acampamento Olho d’Água.

As duas policiais foram rendidas e Zuba e o outro homem foram atingidos por tiros de metralhadora e pistola. Zuba morreu na hora. O funcionário público chegou a ser encaminhado para Hospital Regional de Paranaguá, mas não resistiu aos ferimentos e também morreu. O servidor trabalhava na Prefeitura de Pontal e, há cerca de dois meses, foi cedido para a delegacia da cidade para cumprir funções administrativas. Silva participava da operação desta manhã, pois foi ele quem recebeu a denúncia. O homem também era funcionário da Rede Paranaense de Comunicação (RPC). Ele trabalhava como operador de telecomunicações na repetidora da RPC TV em Pontal do Paraná.

Velório

O corpo de Zuba foi velado na Câmara de Paranaguá. Nesta quarta-feira, as principais lideranças da polícia paranaense participaram das últimas homenagens ao delegado. A homenagem póstuma contou com a presença do secretário da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa, e de várias autoridades da cúpula das polícias Civil e Militar do estado.

De acordo com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do estado, às 15 horas houve um cortejo em caminhão aberto do Corpo de Bombeiros pelas ruas de Paranaguá. Na ocasião, Zuba foi homenageado com três salvas de tiros.

O cortejo seguiu em direção ao posto da Polícia Rodoviária Federal, onde outro veículo encaminhou o corpo até um crematório em Campina Grande do Sul. Em entrevista à AEN, Serpa, disse que a polícia fará esforço total para prender os criminosos. “Queremos dar resposta à família de Zuba e à família paranaense que esses criminosos não ficarão impunes”, disse.

Serviço

Quem tiver informações sobre o paradeiro dos suspeitos do assassinato, pode entrar em contato com a Delegacia de Paranaguá, pelo fone (41) 3420-3600 ou pelo e-mail [email protected] ou ligar para o 190, número de emergência da Polícia Militar.

Denúncias sobre Felipe, o “Tex”, Paulo “Tutancamon” e Paulo “Ganchinho” podem ser feitas no telefone da delegacia de Paranaguá (41) 3420-3666 ou ao Cope, pelos (41) 3284-6562 ou 3284-6536.

RBS

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