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Delegado diz que PM não colabora com investigação

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS

SÃO PAULO
Delegado diz que PM não colabora com investigação

SÃO PAULO

{loadposition adsensenoticia}O delegado José Bernardo de Carvalho Pinto, do 73º DP (Jaçanã), disse à Folha nesta sexta-feira que a Corregedoria da Polícia Militar não colabora com as investigações sobre suspeita de que três PMs espancaram e torturaram dois jovens –de 16 e 22 anos– suspeitos de roubo na última segunda-feira (26). A denúncia, feita na noite de ontem, afirma que o rapaz mais velho chegou a ser baleado pelos policiais.

Carvalho Pinto, que é responsável pelas investigações, afirmou que pediu para a PM a relação dos policiais que estavam de plantão no dia do crime e as fotos para que testemunhas possam fazer a identificação. Mas, de acordo com ele, a Corregedoria enviou um oficial com 800 fotos para as testemunhas identificarem.

O porta-voz da Corregedoria da PM, o major Marcelo Nagy, afirmou que não vê falta de colaboração nas investigações e que quem quiser fazer a identificação pode ir até o órgão. De acordo com ele, ainda não foi possível chegar até as pessoas que estavam no plantão no dia do crime.

“Não temos como adotar alguma postura porque não temos como provar a participação de qualquer policial militar”, afirmou o major durante entrevista coletiva na tarde de hoje.

Ele também negou que houve demora nas prisões dos suspeitos e disse que existem ritos a serem seguidos.

Denúncia

A denúncia foi feita pela mãe do jovem baleado no 73º DP. Segundo relato da outra vítima, os três policiais o prenderam na última segunda. Ele foi obrigado a indicar o endereço do colega e ambos foram agredidos. Uma arma, que estava com eles, chegou a ser apreendida pelos policiais, mas não foi registrado nenhum boletim de ocorrência.

Na noite de terça-feira (27), os rapazes voltaram a ser procurado pelos policiais em uma lan house na praça Comandante Eduardo Oliveira, no Parque Edu Chaves (zona norte de SP) e foi agredido novamente. Na ocasião ele ainda foi atingido por três tiros. Ele foi socorrido por policiais de uma base móvel da PM que fica na praça.

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