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Delegado da Deic fala sobre experiência nas negociações de sequestros

por MARCELO FERNANDES DOS SANTOS
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SANTA CATARINA
Delegado Hendges fala sobre negociações de sequestros



SANTA CATARINA

 

O delegado Renato Hendges, da Diretoria Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina (Deic), falou sobre sua experiência nas negociações de sequestros no Estado em entrevista à CBN/Diário na tarde desta segunda-feira. Hendges deu orientações, comentou sobre tendências, citou alguns casos e disponibilizou um áudio com trechos de uma negociação entre um sequestrador e o pai de uma vítima, sob orientação da Polícia Civil.

A conversa foi pautada no sequestro de um ônibus, no domingo, da empresa Jotur, que faz a linha Barra do Aririú-Florianópolis, entre Palhoça e Florianópolis. A ação foi pelo coronel Eliésio Rodrigues, comandante da Polícia Militar do Estado, que convenceu o sequestrador a liberar o refém.

Hendges frisou a importância da negociação e comentou sobre o sucesso nos casos que comandou em Santa Catarina. Segundo ele, todos os sequestros desde 1987 tiveram solução.

“Vai ficar pior”

De acordo com o delegado, a violência e os crimes foram banalizados e estão a cada dia mais frequentes:

— A situação vai ficar pior, pois as cadeias estão lotadas e são uma escola do crime. Não há mais lugar para colocar tantos presos. Outro fator é que com a evolução da Internet e a divulgação da imprensa, por exemplo, tornou-se hábito ver a violência e esses tipos de crimes, que não espantam mais — exemplifica Hendges.

Negociação

Uma das doutrinas citadas pelo delegado na entrevista é o não envolvimento de quem está no comando do sequestro. Segundo Hendges, a ação pode ser prejudicada sensivelmente, seja num sequestro com cativeiro, seja em casos com reféns vítimas de assalto ou sequestro relâmpago.

Equilíbrio e firmeza do familiar foram destacados por Hendges para que haja sucesso na negociação entre um sequestrador e um pai de uma vítima, por exemplo.

Sequestro relâmpago

Hendges afirma que a prevenção é crucial para se evitar um sequestro relâmpago. Ele orienta as pessoas para andar com os vidros dos carros fechados, não colocar bolsas em cima dos bancos, não ir à caixa eletrônicos a noite e não estacionar em local escuro.

* Ouça trechos da negociação entre um sequestrador e o pai de uma vítima

* Confira na íntegra a entrevista com o delegado Renato Hendges da Deic

CBN/DIÁRIO

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