Início » Defensora pública se diz ‘fãzoca’ de delegada testemunha durante júri de caso Flordelis

Defensora pública se diz ‘fãzoca’ de delegada testemunha durante júri de caso Flordelis

por Editoria Delegados

Delegada Barbara Lomba chega à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo

Delegada Barbara Lomba chega à Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo

Uma situação inusitada chamou a atenção de quem acompanha o julgamento dos filhos da pastora Flordelis dos Santos de Souza, na tarde desta terça, em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Durante o depoimento da delegada Bárbara Lomba, primeira a depor no júri sobre a morte do pastor Anderson do Carmo, a defensora pública de Flávio dos Santos disse que era uma “fãzoca” da depoente, que acompanhou o caso enquanto esteve na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI). A declaração surpreendeu.

Delegada Bárbara Lomba, primeira a depor no júri sobre a morte do pastor Anderson do Carmo

— Sou fãzoca do seu trabalho. Acho o máximo essas mulheres superpoderosas — disse a defensora Renata Tavares da Costa, que fez questão de reforçar a admiração: — Eu vim lá do Rio de Janeiro (o julgamento acontece em Niterói) para te fazer essas perguntas.

À espera de julgamento: ‘Flordelis está tranquila, não terá problema. Basta que falem a verdade’, diz advogado sobre júri de filhos da pastora

Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cezar dos Santos são acusados de envolvimento no assassinato do pastor Anderson, em junho de 2019. Além deles, respondem pelo assassinato Flordelis, quatro filhos e uma neta. Esses, no entanto, ainda não têm data para ir a julgamento, já que respondem a outro processo. Todos estão presos.

No depoimento de Bárbara, que durou cerca de uma hora e meia, ela afirmou que os dois, Flávio e Lucas, não articularam o crime sozinhos.

— Eles eram peças manobradas. Nós víamos que não eram eles que tinham pensado no homicídio, planejado o homicídio sozinhos. Eles sofriam influência, e por isso teve o pedido para que eles ficassem presos na delegacia durante a prisão temporária — destacou a delegada, que comentou sobre as relações da casa: — O Anderson virou marido da Flordelis, mas não era exclusivamente com ele que ela se relacionava. E ele (Anderson) também não. Era relação aberta.

Tribunal do Júri de Niterói, onde acontecerá julgamento nesta terça-feira 

A delegada apontou ainda que Flávio não aceitava essa situação.

— O Flávio nunca entregou o envolvimento da Flordelis no crime. Mas chegou a falar informalmente que ele pode ter sido usado, manipulado para cometer o crime. Falou da Simone — citou Bárbara, referindo-se a filha de Flordelis que admitiu ser a mandante do crime.

Bárbara falou sobre a diferenciação de tratamento entre os filhos.

— Embora vários filhos tenham sido adotados, havia tratamentos diferenciados, como separação de comida, locais onde ficavam na casa. Me parece que o pastor teve visão quase que empresarial de tudo isso. Ele viu que a Flordelis seria um personagem interessante para ganhar dinheiro. Essa coisa da adoção é uma coisa que vende. Ele (Anderson) não tinha uma relação afetiva com ninguém, era muito rígido — disse a delegada antes de ser interrompida pela juíza, que pediu perguntas direcionadas já que o julgamento não é da Flordelis.

Extra

DELEGADOS.com.br
Portal Nacional dos Delegados & Revista da Defesa Social

 

você pode gostar