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Confundir segurança pública com polícia é ‘miopia’, diz Beltrame

por Editoria Delegados

RJ: Secretário comentou fim de reforços para os Jogos

“Segurança pública é confundida com polícia”, declarou o secretário de Estado de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame. Em entrevista no Estudio I, da GloboNews, nesta quarta-feira (24), o secretário abordou principais problemas referentes à violência no estado e fez novo apelo pela manutenção do sistema integrado entre forças de segurança implementado durante os Jogos 2016.

O secretário chamou de “miopia” e “cegueira imensa” confundir segurança pública com polícia.

“O cidadão, que paga os seus impostos, ele quer chegar em casa tranquilo. É um direito de todo mundo. Mas a questão é que segurança pública, ela hoje é confundida com polícia. Isto é uma miopia, uma cegueira imensa, você confundir segurança pública com polícia”, disse o secretário.

Como causas para o avanço da violência, o representante da pasta citou a precariedade da urbanização, ausência de segurança primária e secundária e assistência social. O secretário atribuiu também o problema ao Ministério Público e sistema penitenciário.

“O sistema como um todo está negligenciado”, criticou.

Passados os Jogos Olímpicos 2016 – quando o Rio recebeu o reforço de mais de 23 mil homens das Forças Armadas – o estado vive a ameaça de recrudescimento da violência. Em defesa da integração de forças de segurança que atuaram na Olimpíada, Beltrame argumentou que o “Brasil tem uma dívida com o Rio”.

Segundo ele, a cidade foi capital durante 150 anos “e da noite pro dia perdeu isso”.

“Nós não podemos mais, o Brasil, não é nem o Rio de Janeiro, é ficar vendo outras instituicoes e outros estados sangrarem, e as instituicoes dizerem ‘olha, a constituiçao nao me permite, a competencia nao e minha'”, reforçou o secretário.

Seguranças primária e secundária

Questionado sobre o que perguntaria a candidatos às prefeituras, Beltrame foi incisivo: “eu perguntaria qual é a sua política de segurança primária e segurança secundária? Se é que eles sabem o que significa isso!”.

Em seguida, o secretário explicou que são políticas que tratam da “perspectiva para a juventude, assistência social, propostas de proteção para o jovem, desenvolvimento social para essas pessoas”. As críticas continuaram, agora voltadas às promessas de construção de escolas, por exemplo.

“Não adianta só fazer escola, se as crianças não vão para a escola, se as crianças não permanecem na escola, se não existe nada que, desculpe a palavra, mas eu quero ser o mais pedagógico possível, que não há nada que seduza o jovem a permanecer na escola, dentro de um projeto”, explicou o secretário.

G1

 

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