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‘Cada um dá uma versão’, diz delegado que investiga sem-teto flagrado fazendo sexo com mulher de personal

por Editoria Delegados

DF: Funcionários de um abrigo público onde o morador de rua agredido viveu por mais de três meses contaram que ele havia se matriculado recentemente em uma escola de ensino fundamental

Mulher está internadada para se tratar, afirma família. Foto: Reprodução

BRASÍLIA – A Polícia Civil do Distrito Federal afirmou que a investigação do caso do morador de rua espancado após ter sido flagrado mantendo relações sexuais com a mulher de um personal trainer em Planaltina, no entorno de Brasília, pode levar até um mês. Segundo o delegado Diogo Cavalcante, responsável pelas apurações, há versões conflitantes da história, que ele diz considerar “sensível”.

O sem-teto, de 48 anos, foi agredido pelo marido enfurecido na semana passada ao ser pego mantendo relação sexual com a comerciante Sandra Mara Fernandes, de 33 anos, dentro de um carro. À polícia, Eduardo Alves de Sousa, o marido, disse que a mulher estava em confusão mental e que o homem aproveitou o momento para estuprá-la. O morador de rua, por sua vez, diz que o ato foi consensual.

– A investigação está acontecendo. Cada um dá uma versão para a história -, afirmou Cavalcante, chefe da 16ª DP de Planaltina. – É uma história muito sensível – completou.

O morador de rua afirma que Sandra realizava uma ação de caridade a pessoas em situação de rua na região do Jardim Roriz, bairro de Planaltina onde vivia. Ela estava acompanhada da sogra na ocasião.

Em depoimento, Sandra afirmou tê-lo beijado na frente da mãe do marido e que, posteriormente, marcou um encontro com o sem-teto na rodoviária, pois enxergava nele Deus e o companheiro, Eduardo. Os dois foram flagrados dentro do carro dela.

Nesta quinta-feira (17), após sete dias no Hospital Regional de Planaltina (HRP), o sem-teto foi acolhido pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Distrito Federal e recebido em um abrigo fora de Planaltina. O local é mantido em sigilo pelo governo e pela polícia. O receio das autoridades é de que, diante da repercussão do caso, o homem volte a ser vítima de agressão nas ruas.

ABRIGO

Funcionários de um abrigo público onde o morador de rua agredido viveu por mais de três meses contaram ao GLOBO que ele havia se matriculado recentemente em uma escola de ensino fundamental da cidade, além de trabalhar como autônomo vendendo doces.

O homem agredido havia deixado o abrigo um dia antes do episódio em que acabou espancado pelo personal trainer. No local, um prédio branco e protegido por grades localizado no centro da cidade, vivem atualmente 74 homens entre 18 e 59 anos.

Uma funcionária do abrigo, que pediu para não ter a identidade revelada, disse que o morador de rua não tem histórico de agressividade. Segundo ela, o homem comunicou que deixaria o local pois tinha a intenção de ir para outra cidade.

O Globo

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